segunda-feira, 28 de março de 2016

Trailers: Quando as Luzes se Apagam

A Warner Bros. divulgou o poster e o primeiro trailer de “Lights Out”, filme de terror produzido por James Wan. Inspirado no curta do diretor sueco David F. Sandberg, que levou o prêmio de Melhor Diretor na competição de filmes de terror Who’s There, em 2013.

Veja o curta:



Sinopse: Desde que era pequena, Rebecca tinha uma porção de medos, especialmente quando as luzes se apagavam. Ela acreditava ser perseguida pela figura de uma mulher e anos mais tarde seu irmão mais novo começa a sofrer do mesmo problema. Juntos eles descobrem que a aparição está ligada à mãe deles, Rebecca começa a investigar o caso e chega perto de conhecer a terrível verdade.

Veja o novo trailer lançado em 02 de Julho:




Veja o primeiro trailer oficial do longa:



Após uma exibição teste no final de 2015, o público deu uma resposta positiva ao longa, onde o filme acabou sendo ovacionado pela plateia. 
No elenco: Teresa Palmer, Emily Alyn Lind, Alicia Vela-Bailey e Gabriel Bateman

O longa tem estreia prevista para 18 de agosto, a data foi adiada. 












sexta-feira, 25 de março de 2016

Batman vs Superman: A Origem da Justiça, 2016.

Para fãs dos super-heróis da DC Comics, este longa contém várias referências para matar a sede de quem esperou por anos para ver, principalmente, Batman, Superman e Mulher-Maravilha juntos no cinema, e isso é realmente gratificante. Porém, como produção cinematográfica, deixa a desejar.




Não quero discutir o filme como adaptação do quadrinho "X" ou "Y", até porque temos aqui vários arcos apresentados, são para mim, apenas easter eggs, referências e características de alguns dos gibis que já lemos, uma enorme colcha de retalhos de histórias que gostaríamos de ver na íntegra, mas é impossível em um único filme, e é por isso que Batman V Superman: Down of Justice, não é o filme perfeito, pois seu roteiro é raso e não vai a fundo em nada, a cena mais esperada do longa, é o confronto do título e essa é uma das cenas mais bacanas, porém o motivo da briga não é convincente, e como é finalizada, menos ainda.

Zack Snyder se esforça, nos apresenta enquadramentos interessantes e ângulos surpreendentes, inicia o longa contando a história dos Wayne, mesmo já contada inúmeras vezes no cinema, nunca perde o encanto. Mas o roteiro vai perdendo a força, falta dramaticidade, falta diálogos de peso, são muitos personagens, muitas apresentações para serem feitas em 153 minutos. Então, Znyder segue a cartilha de Michael Bay (diretor de Transformers). Visualmente carregado de CGi, elimina diálogos para apresentar alguns elementos, as vezes funciona, as vezes não. Com isso o diretor acerta alguns erros cometidos em Homem de Aço (Man of Steel, 2013), mas se perde principalmente quando Apocalypse entra em cena, a luta é boa, mas a sensação de estarmos assistindo a um videogame atrapalha o impacto e polui o visual cinematográfico.


A trilha sonora é ótima, cada herói tem seu tema, o da Mulher-Maravilha é o mais empolgante. E por falar em Mulher-Maravilha, Gal Gadot até que faz direitinho, em batalha ela manda bem, suas cenas de ação são boas mas muito picotadas (culpa da edição que é outro ponto fraco do longa), não dá pra sentir sua evolução a gente queria um pouco mais, porém fora da luta, Diana não tem nada a oferecer sua presença não causa efeito, não tem expressão em sua atuação. O mesmo acontece ao Lex Luthor de Jesse Eisenberg, seu personagem dispensaria apresentação se estivesse claro qual é a sua motivação para ser o vilão aqui. E não me venha com esse papo de que "quem leu a HQ..." vamos separar as coisas: A que ele veio e por que? Eisenberg e seu Lex Luthor não convenceram, uma pena.


Por outro lado, uma grata surpresa, Ben Affleck é o Batman ideal! Bruce Wayne velho de guerra, já não tem muita paciência para ser um galanteador, ele é objetivo, o detetive moderno que faz suas investigações online, atormentado com pesadelos ele veste sua armadura e é o Batman que a gente sempre quis ver, tanto visual quanto em sua interpretação, Ben fez bonito, suas cenas de ação são as melhores de todo o longa, onde tem Ben Affleck ficamos tensos, atenciosos, seja como Batman ou como Bruce Wayne, ele atua muito bem, com naturalidade e perfeição.
E eu diria mais, este filme é dele.

O Alfred de Jeremy Irons é ótimo, e como não ser? Ele e Ben tem uma sintonia perfeita, fundamental para o desenvolvimento do personagem do Batman. Falando em desenvolvimentos de personagens, Henry Cavill, volta com seu Superman mais maduro, mas ainda não sei ao certo se sua atuação não convence ou se é o roteiro que não desenvolve bem seu lado Clark Kent, por outro lado, há cenas impressionantes e o debate sobre Superman ser ou não uma ameça para a humanidade, neste conflito Cavill se mostra bem, ele já se firmou como o novo Superman.

A Liga da Justiça tem sua apresentação, eis que surge de uma maneira no mínimo curiosa. Infelizmente e totalmente dispensável este momento, é totalmente desconexo da trama, com uma desculpa muito esdrúxula para acontecer. Em outro determinado momento, um dos integrante da Liga aparece, foi inesperado e muito mais interessante, Znyder deveria ter desenvolvido melhor a ideia e apresentado os outros da mesma forma. Mesmo assim, ficou claro o desespero da produção para apresentar a sua equipe. 



Este longa é para fãs do gênero ação/aventura/"super-heróis", não vai agradar em tudo, mas está longe de ser um filme ruim, ele apenas peca pelo desperdício de ideias, o roteiro é cheio de falhas, poderia ser desenvolvido com mais qualidade, mas competência, o filme foi feito as pressas, buracos tapados com efeitos visuais medianos e muitos trailers e clips divulgados que também fizeram com que o expectador não tivesse o impacto desejado. A DC Comic e a Warner Bros. tem um material riquíssimo, muita coisa pode ser trabalhada, e trazida para o cinema de forma mais satisfatória, e poderia começar mudando o diretor. 

Veja o trailer final:

Enquanto isso... Corram para o cinema e divirtam-se!





segunda-feira, 21 de março de 2016

Lila & Eve, 2015.

Suspense policial com Viola Davis e Jennifer Lopez, o roteiro é batido, não tem muita profundidade, porém a trama prende a atenção do expectador, principalmente pela excelente atuação de Viola Davis.



A trama traz uma mãe que após ter o filho assassinado não está convencida que a policia irá fazer justiça, ela procura apoio num grupo de mães que estão na mesma situação e lá conhece outra mãe com sede de fazer justiça com as próprias mãos. E essa parceria nos leva a algumas boas cenas de ação, mas não o tempo todo. 


O diretor se perde um pouco, o roteiro é fraco e falta mais ousadia, é um tema que já vimos antes, e nesta história apenas um plot twist pode nos fazer ter a sensação de que o filme não é um caso totalmente perdido, e essa é a carta na manga do diretor. Jennifer Lopez até que se sai bem em seu personagem, enquanto Viola Davis leva o filme nas costas e nos segura na frente da tela até o desfecho do longa, ela tem um personagem forte e emocionante, este filme vale a pena ser visto principalmente por esta grande atuação. 


Veja o trailer:



Lila & Eve é um filme mediano, podendo até a emocionar e surpreender quem não esperar muito dele. Eu recomendo para quem gosta de suspense policial. 

Este longa está disponível no Netflix.




domingo, 20 de março de 2016

Ressurreição (Risen, 2016)

O clima investigativo deste longa adaptado da bíblia (parece que todos os gêneros resolveram dá uma pitadinha noir ultimamente), é a grande diferença dos outros que vimos anteriormente. Com isso Ressurreição se torna um filme menos desinteressante para este momento em que filmes bíblicos estão vindo com força total.




Ao contrário de "Exodos: Deuses e Reis" e "Noé" que são super produções, este aqui é bem mais humilde e nos leva para um ponto menos explorado na história de Cristo no cinema. O filme começa exatamente quando Jesus está sendo crucificado e o foco é mesmo no que aconteceu com o corpo, que não se encontra no jazigo da família lacrado pelo próprio tribuno Clavius (Joseph Fiennes) iniciando assim a busca. E num ritmo de filme policial, a trama prende o expectador até desvendar o mistério.



Figurino e maquiagem são simples mesmo os romanos não têm tanto glamour, a cinematografia é boa, mas tive a sensação de está vendo uma produção bem pequena, embora interessante por algumas boas fotografias, talvez fosse mesmo a intensão do diretor Kevin Reynolds demostrar mais simplicidade na produção. As interpretações não são as melhores mas também não decepcionam. Os atores entregam o que o filme sugere. Enquadramentos tentam fazer milagres ao tentar dar uma impressão de grande batalha, logo no inicio do filme, não funciona mas, pelo menos não temos aquela já batida cena em slow motion (câmera lenta no meio da ação) que me cansa os olhos. E os efeitos visuais em determinados momentos deixam muito a desejar. 



Cliff Curts é o ator neozelandês que interpreta Jesus, para mim uma ótima escolha, embora não tenha sido a melhor das interpretações, ele foge do padrão loiro, cabeludo de olhos azuis e só aí já ganhou pontos comigo. Tom Felton faz cara de Malfoy (vilãozinho de Harry Potter) e também não apresenta sua melhor interpretação. Sem grandes surpresas o interessante neste longa é o ponto de vista do romano sobre a história. O filme é mediano, não ousa, e é despretensioso, apenas apresenta sua versão e pode até emocionar os mais sensíveis.




Veja o trailer:

Recomendo para quem gosta de filmes bíblico e históricos. 



Zootopia, 2016.

Depois do fraquíssimo "O Bom Dinossauro", a Disney vem com tudo e mostra para o mundo que suas animações ainda tem muito a dizer, e isso não significa apenas mais um longa com animais falantes.



Dos diretores Byron Howard e Rich Moore, que também dirigiram "Bolt", "Enrolados" "Detona Ralph", agora nos apresentam um mundo novo, Zootopia é a cidade dos sonhos, ela representa um lugar para o qual "todos" querem ir, pois lá "os sonhos se tornam realidade". E é atrás da realização do sonho que a coelhinha fofa (Ops, desculpe!), que a coelha Judy Hopps, sai de sua terra natal, após sua formatura na Academia de Policia, e descobre ser a única e primeira policial, fêmea e coelha, nesta profissão, e é aí que começam os desafios desta personagem. E nós, expectadores, temos a grata surpresa pois esta animação vai muito além da fofura de animais excepcionalmente bem feitos envolvido em histórias simples, apenas para fazerem as crianças rirem, essa animação surpreendente tem um desenvolvimento de personagens digno dos clássicos filmes policias e de espionagens, ela nos proporciona uma trama com referencias fortes à cultura pop, ao "neo-noir" (bem colorido, é claro!), filmes como "O Poderoso Chefão", "Chinatown", a série "Breaking Bad" e as suas próprias animações, como "Frozen", "Bolt", "Enrolados", junte isso a mensagens sobre diversidades culturais, étnicas, biológicas, ao racismo, e tudo vem nas entrelinhas, de maneira leve e divertida, é claro que as crianças não entenderão parte dessas referencias, mas os acompanhantes delas certamente vão. 

Quando Judy está saindo de sua cidade, em um trem que corta alguns distritos antes de chegar a Zootopia, vemos rapidamente como foi excepcionalmente construído este mundo, e como é rico em detalhes e pouco explorado pelo longa, pois não dá tempo, e a gente fica com gostinho de quero mais, apesar da animação ter 108 minutos, é um pouco longo para crianças mais inquietas, mas pelo menos na sala em que eu estava não vi problema em segurar o público mirim e entretê-los com tantos mistérios que o filme apresenta e desvenda, ponto para Disney que sabe como segurar o expectador.


Alguns chamados, "bairros-habitat" dentro de Zootopia, nos enchem os olhos como por exemplo, a cidade dos camundongos, é tudo pequenininho e encantador. Também temos um lado sombrio, uma floresta tropical, onde o expectador chega a ficar tenso com a cena muito bem desenvolvida com ação e diálogos dos personagens. Mas é no centro da cidade que, tudo que cabe na tela, nos chama a atenção, dá vontade de pausar o filme no cinema para apreciarmos tudo que é nos apresentado em segundos, para que possamos degustar a riqueza dos detalhes, coisas como portas em diferentes tamanhos para diferentes especies e até lanchonetes adaptadas para servir os animais mais altos como as girafas. É sensacional!


Nick Wide, é uma raposa, e "raposas não são muito confiáveis", segundo a sua tradição...
Este é o personagem que contrasta muito bem com a nossa heroína Judy, ambos juntos, têm a química certa para que uma dupla seja o sucesso de uma animação. Ele, Nick, é um malandro sagaz, que vive tirando proveito de situações para viver e também tem uma boa história por trás dessa malandragem. 


A música tema é interpretada e composta por Shakira, que também faz a voz, no original, da personagem Gazelle, que também é uma cantora famosa. Sua música, "Try Everthing", é mais uma grata surpresa. O roteiro é ótimo, deixando um pouco a desejar apenas no seu desfecho, mas me parece uma "deixa" para que possíveis continuações ou até mesmo uma série para televisão venha explorar esse mundo novo tão interessante. O que seria muito justo.

Assim como em "Divertida Mente", Zootopia é surpreendente, e eu diria mais, tem muito mais a dizer do que a vencedora do Oscar 2016. Com uma forte carga dramática, os mistérios complexos e desenvolvimentos de ações que nos levam a pensar sobre o nosso cotidiano, a mensagem social é muito presente para crianças e adultos, bem entregue em forma de entretenimento. É a Disney falando sério com seu público e deixando cada vez mais distante a ideia de que tudo é como um conto de fadas, hoje, ela nos entrega uma história realista, e a mensagem que fica é que devemos sempre sonhar, seguir em frente, mas ninguém está dizendo que será fácil.




quinta-feira, 17 de março de 2016

Trailers: Novo trailer de X-Men: Apocalipse

Ah, eu gostei!

"Desde o início da civilização, ele era adorado como um deus. Apocalipse, o primeiro e mais poderoso mutante do universo X-Men da Marvel, acumulou os poderes de muitos outros mutantes, tornando-se imortal e invencível. Ao acordar depois de milhares de anos, ele está desiludido com o mundo em que se encontra e recruta uma equipe de mutantes poderosos, incluindo um Magneto desanimado (Michael Fassbender), para purificar a humanidade e criar uma nova ordem mundial, sobre a qual ele reinará. Como o destino da Terra está na balança, Raven (Jennifer Lawrence), com a ajuda do Professor Xavier (James McAvoy) deve levar uma equipe de jovens X-Men para parar o seu maior inimigo e salvar a humanidade da destruição completa."

Trailer #2:


Estreia prevista no Brasil para 19 de maio. Estarei lá!




quarta-feira, 16 de março de 2016

Trailer: Remake de Ben-Hur

Pois então, a história baseada no romance clássico de Lew Wallace, Ben-Hur: Uma História dos Tempos de Cristo, volta as telonas e trás Rodrigo Santoro como Jesus. Esta já é a quinta versão cinematografica. A primeira versão é de 1907 e na verade é um curta de 16 minutos, a segunda versão é de 1925 em preto e branco, e a versão mais conhecida o clássico de 1959, estrelado por Charlton Heston, e o primeiro vencedor de 11 Oscares na história do cinema, é na minha opinião, o melhor épico já feito. E ainda teve uma versão em 2010 que foi lançado em alguns cinemas, mas que foi feito para a TV britânica, onde foi exibido em 2 episódios.

Trailer #1:


"Judah Ben-Hur (Jack Huston) é um príncipe falsamente acusado de traição por seu irmão adotivo Messala (Toby Kebbell), um oficial do exército romano. Destituído de seu título, afastado de sua família e da mulher amada (Nazanin Boniadi), Judah é forçado à escravidão. Depois de muitos anos no mar, Judah retorna à sua pátria em busca de vingança, mas encontra a redenção."

Filme de 1959
Analisando o trailer... As partes mostradas, são bem parecidas com a versão de 1959, mas com foco em alguma batalha (provavelmente terá uma grande batalha!), a diferença é o realismo. Claro, estou dizendo que, o realismo nas cenas de 1959 são bem superiores! Este aqui, só pelo trailer já deu pra sentir a imagem videogame, com fotografia fria à lá 300. Porém aprovo a escolha do ator Toby Kebbell para ser o novo Messala, e adorei ver Rodrigo Santoro (Jesus) no trailer.

Mas eu espero de verdade que este filme venha, pelo menos, apresentar um trabalho bem feito, pois não dá para não comparar, e eu prometo me segurar, mas o filme de 1959 é impecável e perfeito; roteiro, atuações, efeitos visuais, efeitos especiais, direção de arte, fotografia, montagem de som, figurino... Não é à toa que foi o primeiro longa a receber 11 Oscares e só depois de 39 anos outro filme conseguiu alcançá-lo no número de estatuetas e até hoje ninguém superou. Também já apareceu muitas vezes em listas entre os 100 melhores filmes da história do cinema, lista feita por críticos renomados e historiadores do cinema mundial, baseadas na popularidade, significância histórica e impacto cultural. Para mim é o melhor até hoje.

Então se você não conhece a versão de 1959, eu recomendo fortemente.

Dirigido por Timur Bekmambetov, o novo Ben-Hur será lançado no Brasil no dia 18 de agosto, e é claro que eu não vou perder.


Novo Ben-Hur (cena da corrida de bigas)

Forsaken, 2016.

Um faroeste sem cenas memoráveis ou diálogos marcantes, bom mesmo é ver pai e filho atuando juntos, Kiefer Sutherland e Donald Sutherland em boa forma.


"Em 1872, John Henry Clayton é um pistoleiro aposentado que retorna para sua cidade natal com o objetivo de reparar sua relação com o pai distante, o reverendo Clayton. Ele logo descobre que há na região uma gangue de criminosos que aterroriza fazendeiros que se recusam a vender suas terras. John é o único que pode detê-los, mas seu pai não quer ver seu filho voltando para uma vida de violência." 


A trilha sonora é esquecível, a fotografia é maravilhosa, a cenografia é bem clara e limpa (até demais para um faroeste), o roteiro é simples, tem começo, meio e fim, contém praticamente todos os clichês que um western precisa ter (bem básico!), este longa não tem muito para entregar, senão pelas boa atuações. Demi Moore, Michael Wincott, Brian Cox e Landon Liboiron completam o elenco do filme que é dirigido por Jon Cassar (ele dirigiu vários episódios da série 24 Horas).


É um bom passatempo para uma tarde sem compromisso. Recomendo para fãs de faroestes mas não espere muito deste, e pode ser que alguma coisa surpreenda. 







terça-feira, 15 de março de 2016

Grandes Olhos (Big Eyes, 2014)

Baseado em numa história verídica, Walter e Margaret Keane, interpretados por Christoph Waltz e Amy Adams são dois pintores muito populares nos Estados Unidos nos anos 1950 e 60, com quadros de crianças de olhos grandes.







Tudo que tenho a dizer é que o filme é uma explosão de cores e sentimentos, Tim Burton consegue recriar o clima dos anos 50/60 com muita cor, um ar retrô, com muito sentimento e inspiração. A cinematografia é limpa, colorida alegre, as cenas externas sempre também com muitas cores e o sol radiante, os figurinos também é bastante colorido (mas não exagerado como de costume em filmes de Tim Burton) mas usando tons mais leves. A produção de arte é detalhista e impecável. 

O filme conta como a artista foi lesada pelo próprio marido. A independência da personagem de Amy Adams (maravilhosamente bem interpretada), se apaga e percebemos a submissão, quando Margaret cede aos encantos do fanfarrão aproveitador. Ela sente o perigo mais não consegue ser firme. No desenvolvimento de sua história ela cresce mas com isso também, vem uma forte crítica a mulher. Por outro lado temos o marido, Christoph Waltz também dá um show de interpretação, ele tem carisma é sedutor e faz cara de sonso como ninguém. Seu personagem é dominador, ele leva quase todo mundo na lábia. 




Com um tom aparentemente leve, porém fortes críticas à sociedade, a igreja, ao machismo... O filme tem uma narrativa lenta, o roteiro é previsível (afinal de contas tratando-se de uma história real, não dá pra inventar muito, né?), mas ainda acho que Burton deixou passar alguma coisa, o filme poderia ter ido mais a fundo no lado criativo de Margaret e explorado mais sua imaginação. Porém ainda sim, tem a cara de Tim Burton.


A trilha sonora é boa e a canção original, de Lana Del Rey (chegou a ser indicada ao Globo de Ouro 2015) é mais uma parte importante na trama que ajuda a contar a história. O filme termina como o esperado, porém nos apresenta um ato final satisfatório.