domingo, 22 de novembro de 2015

007 Contra Spectre (Spectre, 2015)

Este filme está longe de ser o melhor da franquia (saga Craig), mas também não é o pior deles. Nem mesmo achei Daniel Craig assim tão insatisfeito como muitos estão dizendo por aí, achei que ele encarou mais uma vez muito bem seu personagem, o fato desse James Bond parecer de "saco cheio", não me parece uma característica do ator e sim o que se pede no roteiro, se avaliarmos a trajetória, este filme é quase uma cópia de roteiro de Skyfall (só que inferior, é claro!), e isso justifica o olhar de "lá vamos nós outra vez" para este 007 e não para Daniel Craig.



Com um roteiro fraco e totalmente previsível, falta inovação, mas a trilha sonora está impecável, porém o tema de abertura, com o queridinho do momento Sam Smith, me deprimiu. 



Mas nem tudo é problema, o que segura o espectador é o fato do longa ter qualidades técnicas, efeitos visuais em cenas de ação por exemplo, dá gosto de ver, não se percebe o CGi a edição é excelente, mixagem de som tem a clareza digna de Oscar, Iluminação, fotografia e cinematografia sempre são exemplares em filmes de James Bond e aqui mantem-se a qualidade. Cenas e referencias clássicas do espião britânico dá o toque final ao longa que, se não agrada por nos trazer a sensação de déjà vu, pode até agradar pelo mesmo motivo, sem falar que algumas delas são de tirar o fôlego.



A participação de Christoph Waltz, no primeiro momento, me fez pular na cadeira, fez uma entrada de mestre, porém prometeu e não cumpriu, fazendo um vilão bem abaixo do esperado, mas depois de Javier Bardem com seu vilão memorável em Skyfall, vai ser difícil não comparar com qualquer outro que venha aparecer. Diálogos vazios e chaaaatos... Que desperdício desse grande ator.



Léa Seydoux, linda e apenas isto! Ela encara uma das mais fracas Bond Girls de todos os tempos. Ralph Fiennes volta como M e cheguei a pensar que ele reutilizou o roteiro do filme anterior..., Monica Bellucci e Andrew Scott fazem participações pequenas, muito pequenas mesmo, mas, boas atuações. Ah, e eu não posso deixar de mencionar Ben Whishaw que volta na pele do Q, ele é o alívio cômico que funciona muito bem. 


Com tudo isso, eu curtir Spectre! Viajo no universo de 007 e mesmo quando não é um filme que vai ficar na memória, James Bond é sempre James Bond. 
Recomendo para fãs incondicionais da franquia.


Veja os pôsteres de Spectre:












A Visita (The Visit, 2015)

Falar sobre um filme de M. Night Shyamalan é um pouco complicado... Não me decidi ainda se gostei ou não.

Sinopse: Um garoto (Ed Oxenbould) e sua irmã (Olivia DeJonge) são mandados pela mãe (Kathryn Hahn) para visitar seus avós que moram em uma remota fazenda. Não demora muito até que os irmãos descubram que os idosos estão envolvidos com coisas profundamente perturbadoras que colocam a vida dos netos em perigo.



Ok, então vamos lá! O longa traz boas cenas de suspense, mas ao mesmo tempo doses exageradas de humor, as vezes bem-vindas, as vezes não! E neste desequilíbrio eu não sei se estava vendo um filme de "terror" ou um "terrir", mas o que mais me incomodou foi que, ele é todo rodado no estilo Bruxa de Blair (em found footage, aquela câmera na mão estilo documentário), ah, isso cansa viu?!



A trilha sonora é das boas, as atuações merecem ser destacadas principalmente o ator mirim Ed Oxenbould, ele me surpreendeu, sua interpretação que vai de cenas cômicas à cenas de choque, ele me convenceu e espero vê-lo em outros filme em breve. Os avós também cumprem a sua parte, fiquei assustada com aqueles dois!


M. Night Shyamalan sabe criar um clima tenso e prende o espectador até o final com o mistério, decepcionando ou não. Eu esperava mais do filme como um todo, e esperava algo diferente, mas mesmo assim, tive uma boa surpresa com a reviravolta da trama. A ideia é boa mais o roteiro é falho e exagerado, a cinematografia é ótima, limpa, com uma fotografia clara, a edição tem momentos interessantes, mas não chega a excelência, tem problemas na passagem de tempo e principalmente por ser found footage (volto a dizer é muito chato e ouso a dizer, já deu, está ultrapassado é muito clichê!), os jump scares (sustos repentinos) funcionam bem, não chega a ser um problema (um em especial realmente me assustou). No geral, falta seriedade, tem momentos que o humor estraga o suspense, e a gente nunca sabe se é pra rir ou pra assustar!


Não vá esperando algo como O Sexto Sentido, que na minha opinião é o melhor longa de Shyamalan, mas também não é tão ruim, dá pra se divertir.




O Último Caçador de Bruxas (The Last Witch Hunter, 2015)

 Mais um filme sobre bruxas e... Vin Diesel porradeiro,  Rose Leslie (Ygritte de Game of Thrones) pra dar o toque feminino, Elijah Wood talvez em sua pior atuação e  Michael Caine...  Michael Caine? O quê ele tá fazendo aqui??


The Last Witch Hunter não convence, infelizmente nada aqui funciona, nem os efeitos visuais, nem as cenas de ação, roteiro, trilha sonora... É tudo muito genérico, clichê, e desinteressante. Mesmo para os fãs de Vin Diesel, este filme não aproveita nenhuma boa cena de ação, daquelas que a gente curte e sai do cinema comentando... 

O elenco escalado está totalmente perdido, um desperdício ter Michael Caine aqui, fazendo... Nada!

Eu sei que nem todo filme foi feito para ser um clássico, ou perfeito para se chamar de obra-prima, mas alguns (como este!), são realmente desnecessários. A fotografia escura e o CGi, na maioria das vezes, fraco, não nos dá a chance de dizer que pelo menos pelo visual, valeu a pena. Não! Não valeu, João e Maria: Caçadores de Bruxas é no mínimo excelente perto deste aqui.


No final das contas algumas poucas cenas bem humoradas, fazem com que o filme não seja um total desperdício de tempo, então eu recomendo apenas para quem quer mesmo só uma distração, e para os fãs de Vin Diesel.