sexta-feira, 20 de março de 2015

Drácula - A História Nunca Contada (2014)

Mais um filme sobre origens. Mas eu curti, aqui não temos um filme ruim, o filme é bom, porém... 

Se o personagem não fosse Drácula, poderia ter sido uma história original de um vampiro novo. O filme é muito voltado para a ação e senti falta do terror e da sensualidade, o que é marcante e muito presente em filmes do "Conde das Trevas". Esta é verdadeiramente uma outra versão para a história, completamente diferente da original de Bram Stoker e nitidamente um recomeço para uma nova franquia. 

O filme faz do protagonista um herói-monstro-herói, Luke Evans tem boa atuação mas é o roteiro que não me convence, sua motivação é a guerra, salvar seu povo. Temos aqui uma fotografia belíssima acinzentada, bons efeitos de CGi, efeitos visuais são o forte do filme, eu gostei muito, a trilha sonora e o figurino estão de parabéns.




Charles Dancer (adoro!) está muito bem e pavoroso, porém um diálogo "pobre" e uma frase de efeito que estragou tudo que estava bom até então, e como se não bastasse... a frase se repete (hein?!).
 As cenas de guerra eu destaco uma em especial, um quadro onde a guerra é refletida na lâmina de uma espada, palmas para o diretor, ficou sensacional!

A segunda parte do filme se torna mais interessante, nosso herói se torna mais agressivo, alguns acontecimentos nos prende a atenção e quando nos damos conta, acabou. 

Tentei não fazer comparações. Se eu fosse dar uma nota daria 7,5. É um filme pipoca, pra lavar a alma de quem espera por um filme de vampiros. 

Nota para os fãs incondicionais de Drácula de Bram Stocker:
E mais uma vez a história do príncipe da Transilvânia chega as telonas, mas este será com certeza o menos marcante. Essa "história nunca contada" na minha opinião poderia continuar não contada ou pelo menos podia ter sido de outro personagem que não fosse Drácula, que todos conhecemos bem.






Tim Maia (O filme), 2014.

A vida do dono de uma das maiores vozes do Brasil, vira filme, e um filme que me agradou e me surpreendeu positivamente, mas com algumas falhas significativas.

O filme possui uma voz em off que conta a história, porém exagera em alguns pontos, algumas cenas dispensaria a narrativa tão bem explicadinha. Outro exemplo é a atuação de George Sauma, ator que interpreta Roberto Carlos, é péssimo, forçado, tão ruim que a gente até ri. Um erro: No filme é dito que ele é o décimo primeiro filho de seus pais, porém a verdade é que ele é o décimo oitavo de 19 irmãos.



Mas o filme tem muitos acertos, a atuação dos atores que interpretam Tim (Babu Santana e Robson Nunes), é com certeza muito boa e convincente, Tim está muito bem representando, com todas as boas tiradas, palavrões e momentos de tensão, é como se estivéssemos vendo o verdadeiro em carne e osso. Alinne Moraes e Cauã Reymond dispensam comentários.

A fotografia é ótima, cenários de um Rio de Janeiro antigo, mas precisamente o bairro da Tijuca, é uma viagem no tempo, pra quem viveu esta época, hoje, reviveu tudo no cinema. O filme tem muitas cenas hilárias, é muito divertido, mas tem muito drama também, a infância difícil, a vida no exterior, prisões, sexo, drogas, e a fase esotérica de Tim, com seus encantos e desencantos, e Racionais (seu mais polêmico álbum), também estão lá.  
A trilha sonora é um show a parte (com e sem trocadilho!), a gente sai do cinema com uma vontade enorme de ouvir mais do Síndico do Brasil.

Baseado no livro “Vale Tudo: O Som E A Fúria De Tim Maia” de Nelson Motta (que eu ganhei da minha querida amiga Cecy. O livro é ótimo tem muito mais detalhes interessantes sobre o Tim e sobre muitos outros acontecimentos da época, meso assim é uma adaptação para o cinema que ficou excelente.

Uma polêmica trazida para o filme é um episódio onde Roberto Carlos e Tim se reencontram depois do sucesso do "Rei" e que Tim Maia vai pedir ajuda ao antigo amigo. Mas pelo que já li por aí o próprio Robert Carlos leu e aprovou o roteiro.

Adorei, eu sou fã das músicas do Tim, o filme ficou muito legal. Um fato que marcou minha vida foi a notícia da morte dele, e isso está bem retratado no filme, exatamente como eu lembrava.



O filme acaba e deixa aquela vontade de ouvir as músicas e sair cantando por aí...


quinta-feira, 19 de março de 2015

Sob A Pele (Under The Skin, 2014).

Vou começar pelo que me atraiu: Trilha sonora perturbadora + Fotografia fantástica, Scarlett Johansson no papel mais interessante da sua vida, com certeza!


O filme tem pouquíssimos diálogos com muitos ruídos, e cenas abstratas, com cortes súbitos de som e imagem, onde o silêncio chega a incomodar. Esqueça as questões mais simples, o filme não dá respostas, apenas sinta.


Sinopse: Um alienígena (Scarlett Johansson) chega à Terra e começa a percorrer estradas desertas e paisagens vazias em busca de presas humanas. Sua principal arma é sua sexualidade voraz... Mas ao longo do processo, ela descobre uma inesperada porção de humanidade em si mesma.



Nada convencional, um suspense que causa muitas sensações, é um sinistro e sombrio filme que ninguém sabe de onde veio e nem pra onde vai, cenas bizarras e nus frontais dos machos seduzidos em um ritual sombrio. E assim, vamos descobrindo o filme aos poucos, junto com a atraente alienígena.


Aos que querem ver a bela Scarlett nua, grande decepção. Meu conselho: Olhem pelas fotos do Google, na telona não dá pra ver nada assim tão nítido e não há clima no filme para esse tipo de apelação. O filme não veio com este propósito. Eu ouvi muita gente reclamar, já que na época no cinema, pelo menos a sala que eu estava, esteve lotada e a grande maioria saiu de lá sem entender nada, infelizmente, muitos dos que estavam lá, estava apenas pela Scarlett como veio ao mundo. E se for por isso, realmente não vale a pena assistir.

Recomendo pra quem tem a mente aberta. É um filme abstrato e extremamente sensorial. Pode ser um filme cult que acaba de nascer, mas também pode não ser nada disso. Eu adorei!



Até os pôsteres foram muito bem bolados, cada um mais interessante do que o outro. Confira:












quarta-feira, 18 de março de 2015

Livro: O Oceano no Fim do Caminho, de Neil Gaiman.

"...Não eram histórias para adultos e não eram histórias para crianças. Eram melhores do que isso. Simplesmente eram." 
O Oceano no Fim do Caminho, de Neil Gaiman, é um romance, uma fábula, um livro desses que não podemos deixar de ler.


O livro será editado também em mais de 20 nações e o autor já negociou com a produtora de Tom Hanks, a Playtone, os direitos de adaptação de sua obra para o cinema.

Sinopse: Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos. Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo.


Amei este livro que me prendeu desde a primeira página, fantasia e mistérios me fizeram mergulhar fundo nesta fantástica história. Recomendo.


segunda-feira, 16 de março de 2015

Artes e posteres de Mad Max: Estrada da Fúria

Com a estreia prevista para 14 de maio, temos algumas imagens e cartazes divulgados para aguçar a nossa curiosidade. 









O Doador de Memórias (The Giver, 2014)

O filme é um desperdício de idéias, fiquei com muita vontade de ler o livro, pois quando o filme acaba, dá uma sensação de que foi resumido demais. Eu gostaria de saber mais sobre o aspecto político, as escolhas, e mais alguma coisa... É uma ficção científica interessante.



Em um mundo perfeito, onde não há conflitos, desordem e todos parecem sentir-se bem, existe uma política rígida e muito conservadora, onde os jovens são preparados pra substituir os anciões, pessoas que mantem as coisas como são. Entre eles um jovem é escolhido para ser Receptor de Memórias da comunidade, ele recebe o treinamento com o "doador de memórias", logo o jovem receptor, descobre que seu mundo perfeito na verdade, sempre foi manipulado, não é real, e resolve mudar isso. 

Acredito que seja um filme para leitores do livro, pra quem não leu o livro, como eu, fica meio sem graça. Lembrei-me de O Código DaVinci, que eu li, e vi o filme e tive a sensação que quem não leu o livro, ficou a ver navios em muitas coisas. 

O roteiro é fraco, super resumido, corrido, e erros que não dá pra engolir. Sorry... 
O elenco é bom e as atuações são boas, dentro do contexto, os personagens não tem emoção, e isso é bem representado. A fotografia é legal, o filme começa em preto e branco e no desenrolar da trama, as cenas ganham "vida" com as cores surgindo aos poucos. As imagens que são a representação da memória, são muitas vezes muito bonitas e contrastam muito bem com a falta de cor no mundo "real", quanto mais emoção, mais colorido. O visual do filme é limpo e os cenários são futuristas e ao mesmo tempo simples.

É um filme paradão, e eu fiquei na esperança de alguma coisa acontecer, além do esperado.
Apesar de ter uma temática parecida com Jogos Vorazes, sobre questões políticas, aqui é algo mais complexo, misterioso que seria bom se a trama fosse mais além.

Quero ler o livro. A mensagem é interessante. Mas o filme... Deixou a desejar!










sábado, 14 de março de 2015

Garota Exemplar (Gone Girl, 2014)

Dirigido por David Fincher e escrito por Gillian Flynn, baseado em seu próprio romance, o filme é um drama como há muito tempo eu não via. Sensacional!



O filme é super bem produzido, tem uma narrativa envolvente, muitas reviravoltas e tem uma bela fotografia pra inspirar e embalar todos as suas surpresas. E uma dica: Quanto menos você souber sobre o filme, mais interessante e envolvente ele se torna.
 
Ben Afleck está muito bem (acredite!), e Rosamund Pike está excepcional, grande atriz, aqui ela revela todo seu talento.

O filme vale cada momento e dá vontade de sair correndo para ler o livro. Recomendo! 






Para Sempre Alice (Still Alice, 2015).

Vencedor do Oscar 2015 de Melhor Atriz para Julianne Moore


É um filme emocionante e a atuação de Julianne Moore é o ponto forte do filme. Ela levou para casa mais de 30 prêmios por esta atuação. 

O filme conta a história da Dra. Alice Howland que é uma renomada professora de linguística. Aos poucos, ela começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Ela é diagnosticada com Alzheimer. A doença coloca em prova a a força de sua família. Enquanto a relação de Alice com o marido, John (Alec Baldwin), fragiliza, ela e a filha caçula, Lydia (Kristen Stewart), se aproximam.


Baseado no romance homônimo de Lisa Genova. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Terremoto: A Falha de San Andreas (San Andreas, 2015)

Suspense de ação com Dwayne JohnsonÉ um filme-catástrofe para quem curte o estilo, tem todos os elementos esperados, assim como "O Dia Depois de Amanhã", "Impacto Profundo", "Armagedon", e por aí vai, com todos os clichês possíveis e esperados. 

A história se passa após um poderoso terremoto na Califórnia, sobre um piloto de helicóptero de resgate e sua esposa, que buscam pela filha em diferentes lugares.



Dwayne Johnson, não é o melhor ator de Hollywood mas tem carisma, acho difícil não gostar de vê-lo em cena e o filme tem ação, combina bem com ele, mesmo com frases clichês. Os efeitos visuais são bacanas, nada inovador ou revolucionário mas são convincentes. A trilha sonora não é impactante mas também não é ruim, apenas esquecível. O roteiro é fraco, diálogos, rasos e piadinhas fora de hora. Nada neste filme é memorável ou vai te marcar de alguma forma.




Também estão no elenco: Paul Giamatti, Carla Gugino, Kylie Minogue, Alexandra Daddario e Ioan Gruffudd, não há muito esforço para se realizar um grande trabalho, atores medianos em atuações medianas para um filme mediano. Filme pipoca pra curtir, se divertir sem comprometimento.



domingo, 8 de março de 2015

Relatos Selvagens (Relatos Salvajes, 2014)



Um filme imperdível, genial, trágico, engraçado, violento, surreal e, principalmente, original. Fantástico!

É um longa argentino (que tem na produção Pedro Almodóvar com toda sua excentricidade), composto de 6 curtas, com tempo de duração e temas diferentes, recheado com muito humor negro, drama e suspense. Cada curta conta uma história independente, cada história é mais surpreendente, do que a outra, todas elas com muita qualidade, todas são ótimas, e as interpretações realmente são muito boas. A primeira delas, a do avião, já mostra de cara a que veio o filme. 

Uma das histórias me lembrou muito o filme "Um dia de Fúria" (com Michael Douglas, lembram?), e as demais histórias, também são neste nível, o nível máximo da tolerância humana, ou além dele... São situações comuns ao nosso cotidiano que se desenvolvem de maneira exagerada, eu diria que é aquilo que nós gostaríamos de fazer num momento delicado ou estressante, mas como somos "pessoas civilizadas e sãs", não faremos! A gente acha graça, porque nos vemos ali, isso é a pior parte, e mesmo assim, nos divertimos.
 
No geral o filme retrata a humanidade e até que ponto não podemos chegar, porém podemos admitir que pensamos algumas vezes em chegar àquele extremo, que algum desses personagens que, com certeza nós nos identificamos, chegou.




Enquanto o Brasil apresenta uma enxurrada de comédias debiloides, "nossos hermanos" argentinos evoluem e mostram para o mundo que também há cinema inteligente do lado de cá da linha do Equador.