segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Especial Halloween - O Corvo (The Crow, 1994)

Como chegar no dia 31 de outubro e não lembrar de O CorvoUma das mais bem sucedidas adaptações de quadrinhos para o cinema.

Sinopse: Eric Draven e sua noiva Shelly são brutalmente assassinados na Noite do Demônio, a noite que precede o Halloween. Um ano depois, Eric volta do mundo dos mortos guiado por um corvo. Inicialmente sem lembranças do ocorrido, volta ao seu antigo loft onde recobra as memórias e a dor da morte. Eric pinta em seu rosto e inicia uma caçada para vingar-se de seus assassinos.


A realização deste filme foi marcada pela morte de Brandon Lee, filho de Bruce Lee. Uma das cenas rodadas para o filme requeria que uma arma fosse carregada, engatilhada e apontada para a câmera mas, por causa da curta distância do take, a munição carregada era de verdade mas sem pólvora. Após a realização desta cena, o assistente do armeiro (não o armeiro, que já havia deixado o set) limpou a arma para retirar as cápsulas, derrubando um dos projéteis no cano. A cena seguinte a ser filmada envolvendo aquela arma era o estupro de Shelly, sendo que a arma foi carregada com festim (que normalmente tem duas ou três vezes mais pólvora do que um projétil normal, para fazer um barulho alto). Lee entrou no set carregando uma sacola de supermercado contendo um saco de sangue explosivo. No roteiro constava que Funboy deveria atirar em Eric Draven quando ele entrasse na sala, estourando o saco de sangue. O projétil que estava preso no cano foi disparado em Lee através da sacola que ele carregava, matando-o. Depois de interromper a cena e vendo que Brandon não levantava, o diretor do longa o socorreu e ele foi levado imediatamente ao hospital, porém após 6 horas de cirurgia ele não resistiu, Brandon Lee tinha apenas 28 anos.


As filmagens foram interrompidas perto da conclusão devido ao acidente que matou Brandon Lee, que interpretava o protagonista Eric Draven. Apenas após um acordo com a família do ator, o filme foi concluído e lançado. Finalizado com o roteiro rescrito, que só tinha mais três dias de filmagem. Efeitos digitais colocaram seu rosto no corpo de dublês.


A cena, registrada em filme, foi usada na investigação policial e, posteriormente, destruída. Apenas vários anos após o filme ter entrado no circuito comercial, o ator Michael Massee, que interpretou Funboy, revelou em uma entrevista que fora ele que, sem saber, disparara a bala que encerrou a vida de Brandon, na cena em que Eric e Funboy se confrontam. Michael Masse, afastou-se e ficou um ano sem trabalhar como ator, ele faleceu na semana passada no dia 26 de outubro.


Quanto a premiações do longa-metragem...

Recebeu indicado na categoria de Melhor Figurino, Melhor Diretor, Melhor Filme de Terror e Melhores Efeitos Especiais pelo Prêmio Saturno 1995 (Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, EUA).
Indicado nas categorias de Melhor Ator (Brandon Lee) e Melhor Filme, e venceu na categoria de Melhor Canção (Stone Temple Pilots) pelo MTV Movie Awards 1995 (EUA).


A produção conta com quatro sequências que, embora sejam baseadas na mesma premissa, contam com personagens e enredos diferentes do original. São eles:

  • O Corvo: A Cidade dos Anjos (The Crow: City of Angels), de 1996.
  • O Corvo: A Salvação (The Crow: Salvation), de 2000.
  • O Corvo: Vingança Maldita (The Crow: Wicked Prayer), de 2005.
Todas as sequências não foram tão bem-sucedidas quanto o primeiro filme.



O poema que Eric Draven recita quando entra na loja de Gideon é "The Raven", de Edgar Allan Poe.

O Corvo é uma adaptação cinematográfica da história em quadrinhos homônima de James O'Barr. O filme foi produzido em 1994, co-escrito por David J. Schow e John Shirley e dirigido por Alex Proyas.
Elenco: Brandon Lee, Angel David, Ernie Hudson, Ling Bai, Rochelle Davis
Data de lançamento: 11 de maio de 1994 (EUA) / 19 de Agosto de 1994 (Brasil)
Duração: 102 min. Música composta por: Graeme Revell

Black Mirror - 2ª temporada e Especial de Natal.


A principio a série teve 7 episódios (2 temporadas e um especial de natal), porém, recentemente, a terceira temporada (com 6 episódiosfoi encomendada pela produção americana da Netflixe já estão disponibilizados. Mas hoje eu trouxe um breve resumo da segunda temporada e do episódio especial de natal. Todos os episódios possuem roteiros inteligentíssimos e imprevisíveis, são bem dirigidos e as atuações são boas e convincentes, não há como discordar. Dito isso, vamos aos episódios:

Segunda Temporada

Volto já
Depois que Martha perde o namorado, uma amiga recomenda que ela se inscreva em um serviço que "recria" os mortos virtualmente, usando e-mails, mensagens e todo o tipo de material para reproduzir sua personalidade, uma especie de "Ela" (Her, filme de Spike Jonze), com os dados do namorado falecido. O que começa como uma troca de e-mails para ajudá-la a lidar com o luto evolui para uma situação cada vez mais embaraçadora e surreal. O foco aqui é o abalo emocional da protagonista e o apego se torna inevitável pelo ser robótico. Este foi, na minha opinião, o episódio mais bizarro de toda a série. Hayley Atwell e Domhnall Gleeson estão incríveis aqui.

Urso branco
O que você faria se acordasse em um lugar que não reconhece, e nem mesmo conseguisse se lembrar de quem é? E se, para piorar, todo mundo que olhasse para você começasse imediatamente a gravar a situação com o celular? Um thriller psicológico, terrivelmente assustador, mas que num determinado momento parece previsível e enfadonho, até que no último ato... O mais improvável dos finais. Neste episódio o que está em questão é a atitude da massa nas redes sociais, o julgamento indiscriminado, desconhecer os fatos e ainda assim tomar partido de um dos lados, e é claro, sempre o lado da maioria. Um merecido soco no estômago no final do episódio.

Momento Waldo
Em uma volta à sátira política que fez sucesso no piloto da série, os espectadores são apresentados a Waldo, um urso de desenho animado especializado em colocar autoridades em situações embaraçosas para um talk show. As coisas se complicam quando um produtor do programa propõe que Waldo se candidate às eleições. O episódio combina bem com o momento em que vivemos, eleições. Waldo é o retrato da sociedade, é o protesto, e vai além, ele representa pessoas insatisfeitas, infelizes e que se escondem atrás de máscaras, usa seu personagem de temperamento arrogante e debochado, mas que na verdade, seu interprete é um ser humano com problemas emocionais. Acho que este episódio é o que mais tem a nos dizer.


Ficha Técnica da 2ª Temporada (Reino Unido, 2013)
Duração: 3 episódios de aproximadamente 45 min cada.
Showrunner:
 Charlie Brooker
Direção: Owen Harris, Carl Tibbetts, Bryn Higgins
Roteiro: Charlie Brooker
Elenco: Hayley Atwell, Domhnall Gleeson, Claire Keelan, Lenora Crichlow, Michael Smiley, Tuppence Middleton, Daniel Rigby, Chloe Pirrie, Jason Flemyng, Tobias Menzies.
Disponibilização no Brasil: Netflix.

Especial de Natal

Natal Matthew, trabalha como uma "consciência" voltada para ajudar pessoas tímidas a se comunicarem. Numa narrativa paralela, Matt está confinado num lugar nevado com Joe. Este é um episódio que só vamos perceber do que se trata com o final que faz a cabeça explodir. Os efeitos visuais são muito interessantes e dá para notar que o diretor usa técnicas simples como jogo de câmeras com muita eficiência, e o resultado da gosto de ver. Não é um dos melhores episódios da série, mas é tão perturbador quanto todos os outros e marca o fim da série britânica que hoje é produzida pela Netflix.


Ficha Técnica (Especial de Natal) - White Christmas (Reino Unido, 2014)
Duração: 73 min.
Showrunner: Charlie Brooker
Direção: Carl Tibbetts
Roteiro: Charlie Brooker
Elenco: Jon Hamm, Rafe Spall, Oona Chaplin, Natalia Tena, Janet Montgomery, Liz May Brice.
Disponibilização no Brasil: Netflix.

Em breve voltarei com a crítica sobre a terceira temporada composta por 6 episódios que promete a mesma qualidade e novas histórias surpreendentes.


Black Mirror - 1ª Temporada.

Pegue a série americana The Twilight Zone, misture com assuntos atuais (política, redes sociais, reality shows), uma boa dose de humor negro, suspense e situações mais constrangedoras possíveis, junte um punhado de tecnologia e entregue nas mãos dos britânicos... Temos Black Mirror, a série mais perturbadora e surpreendente que eu já vi na vida. 

A principio a série teve 7 episódios (2 temporadas e um especial de natal), a terceira temporada (com 6 episódiosfoi encomendada pela produção americana da Netflixe já estão disponibilizados. Mas hoje eu trouxe um breve comentário sobre a primeira temporada. 
Todos os episódios são independentes, sendo assim, cada um com um elenco diferente e histórias distintas, mas todos eles satirizam e criticam de forma impiedosa a tecnologia em nossas vidas. Com a desculpa de que estes personagens vivem em um futuro um pouco distante, com tecnologia mais avançada, a série vai além e esfrega na cara do espectador todo horror e falta de bom senso em que a humanidade caminha a passas largos, em metáforas assustadoramente surreais e ao mesmo tempo tão próximas ao nosso tempo. Todos os episódios possuem roteiros inteligentíssimos e imprevisíveis, são bem dirigidos e as atuações são boas e convincentes, não há como discordar. Dito isso, vamos aos episódios:

Primeira temporada

Hino Nacional
No primeiro, a princesa Susannah é sequestrada sob ameaça de morte. O resgate? Algo inusitado, o primeiro-ministro deveria transar com um porco em cadeia nacional e ele tem pouco tempo se não quiser se expor, mas a internet não perdoa e em poucos minutos todo mundo está a par da situação. Antes do soco no estômago, ele nos joga na situação em que todos estão aguardando o desfecho do sequestro via internet ou TV, criticando, pressionando ou sofrendo enquanto o primeiro-ministro tenta achar uma solução: A humilhação ou a culpa pela morte da princesa. Tenso!

Quinze Milhões de Méritos
Em um mundo distópico no qual as pessoas vivem cercadas por televisões e são obrigadas a pedalar bicicletas ergométricas para gerar energia, a única esperança de uma vida remotamente melhor é participar de um reality show. Este foi o episódio que eu menos gostei, mas ele é muito interessante, tanto pela tecnologia e a ideia de produzir a própria energia em prol da tecnologia para viver, em troca a escravidão dentro dos padrões impostos. Interessante ver o ponto de vista de cada pessoa que vive neste mundo. Um dos episódios que mais usa o CGi e é impressionante o visual. Uma curiosidade é que a produtora deste episódio é a Endemol, a criadora do Big Brother e neste episódio há duras e pesadas críticas que cabem a ela mesma.

Toda a sua história
Em uma realidade alternativa, as pessoas têm acesso a uma espécie de chip que grava tudo aquilo que veem, ouvem e fazem, permitindo que as memórias sejam revistas com projeção através dos olhos. Uau! Este foi o episódio que eu mais gostei, além das atuações serem ótimas (o personagem principal é interpretado por Tobey Kebbell), as ambientações são simples mas de muito requinte e a cinematografia é realista e claustrofóbica. A tecnologia não é tão visual quanto no segundo episódio, mas a simplicidade e a narrativa envolvente apresenta tom de ameaça à privacidade sem igual, imagina se suas memórias caem nas mãos de terceiro? Foi um episódio angustiante, quase um terror psicológico que me fez pensar por muitos dias nele. Esta e a season finale da primeira temporada. Robert Downey Jr. comprou este episódio para transformá-lo em um filme. Estamos no aguardo.


Ficha Técnica da 1ª Temporada (Reino Unido, 2011)
Duração: 3 episódios de aproximadamente 45 min cada.
Showrunner: Charlie Brooker
Direção: Otto Bathurst, Euros Lyn, Brian Welsh
Roteiro: Charlie Brooker, Konnie Huq, Jesse Armstrong
Elenco: Rory Kinnear, Lindsay Duncan, Donald Sumpter, Daniel Kaluuya, Jessica Brown Findlay, Rupert Everett, Toby Kebbell, Jodie Whittaker, Tom Cullen.
Disponibilização no Brasil: Netflix.


domingo, 30 de outubro de 2016

O Contador (The Accountant, 2016).

Você gosta de quebra-cabeça? Eu adoro!


O longa é realista, apesar de algumas semelhanças com filmes de super-heróis com vida dupla (Batman, Demolidor), também tem algo de Jason Bourne, tem uma boa dose de suspense e drama que ao longo da trama vamos montando como num quebra-cabeça, e a ação que se apresenta é revigorante, um trabalho de direção muito bem realizado. 

Na sinopse: Christian Wolff (Ben Affleck) é um portador da Síndrome de Savant com mais afinidade por números do que por pessoas. Tendo um escritório de contabilidade em uma cidadezinha como fachada, ele trabalha como contador autônomo para algumas das mais perigosas organizações criminosas do mundo. Com o Departamento Criminal do Ministério da Fazenda, coordenado por Ray King (J.K. Simmons), começando a fechar o cerco, Christian aceita um cliente legítimo: uma empresa de robótica de última geração onde uma assistente de contabilidade (Anna Kendrick) descobre uma discrepância envolvendo milhões de dólares. Porém, conforme Christian desvenda os registros e se aproxima da verdade, a contagem de corpos começa a subir.


Christian Wolff coleciona quadrinhos, curte Star Wars e rock n' roll, sem falar pelo peculiar gosto por obras de arte. Tudo isso quando não está exercendo sua função de contador ou de matador de aluguel. Ben Affleck está incrivelmente convincente, a vontade com seu personagem que não demostra emoções e nas dificuldades de socializar-se. O roteiro é bom, a parte mais interessante é quando temos uma narrativa em paralelo, a infância do protagonista com os pais e o irmão mais novo, então vemos como ele evoluiu até certo ponto, infelizmente algo se perde pelo caminho, e como a história segue intercalando com o passado e o presente, esperamos o ponto onde há a verdadeira mudança de comportamento, a transição da criança para o adulto que conhecemos. Mas o roteiro toma o rumo mais fácil e fica auto-explicativo, fazendo com que o espectador perca a oportunidade de continuar montando o quebra-cabeça sozinho. Quando o filme começa a se explicar, a história fica menos interessante e o ritmo cai um pouco, até chegarmos ao terceiro ato, quando recomeça a ação e a última peça encerra a história (não tão satisfatória quanto eu esperava, mas) com todas as pontas amarradas.


J.K. Simmons não é um grande destaque aqui (tudo que queremos é ver Ben Affleck em cena!), mas as cenas dele são sempre bem-vindas, assim como Anna Kendrick, que traz um toque leve (se é que é possível!) e divertido para a trama, a interação da personagem dela com o personagem de Affleck é sensacional. Outro ator que eu gosto muito e está muito bem aqui é Jon Bernthal, as cenas deles são violentas e objetivas, seu personagem lhe cai com perfeição. 


A trilha sonora é excelente, uma coisa que me chamou a atenção foi a mixagem de som, os efeitos sonoros são eficientes, o filme pede que isso seja bom e realmente é. Achei a fotografia um pouco mais escura do que o necessário nas cenas noturnas, mas nada que seja incômodo para os olhos. Os enquadramentos são milimetricamente perfeitos, o alinhamento de câmera com objetos de cena, em planos abertos ou médio plano são impressionantes, seja uma porta ou uma janela, quando o personagem protagonistas está em sua casa, não só pela personalidade dele, mas a direção de arte faz um trabalho visual geometricamente organizado, o diretor desliza a câmera e enquadra em pontos estratégicos que torna a experiência visual espetacular ao olhos mais atentos.


Assista ao trailer abaixo:



É um bom filme? É ótimo! Mas eu fiquei me perguntando, "Como que aconteceu em determinado momento...?", apesar da história ter sido contada com detalhes, a transformação do personagem central não teve profundidade em um determinado ponto. Tecnicamente o longa faz tudo direitinho, é original até onde cabe e prende o espectador do começo ao o fim, nem senti a hora passar. Não viu ainda? Corra para o cinema!




A Garota no Trem (The Girl On The Train, 2016).


O longa contém alguns plot twists, porém, a narrativa não-linear pode confundir o expectador mais desatento. Ainda assim o roteiro é fraco (mas está longe de ser ruim) e torna-se bastante previsível a partir do terceiro ato, mas a competente direção e a boa atuação do elenco salvam o longa.


Na sinopse, Rachel, que está desolada por seu divórcio recente, passa seu tempo indo para o trabalho fantasiando sobre o casal aparentemente perfeito que vive em uma casa onde seu trem passa todos os dias, até que em uma manhã ela vê algo chocante acontecer lá e se torna parte de um mistério que se desdobra. Quanto menos soubermos sobre o filme mais interessante (ou menos previsível) ele pode ser.


A direção de Tate Taylor é eficaz ele usa cinematografia diferenciada para apresentar cada uma das personagens, a alcoólatra, encarnada pela incrível Emily Blunt, é a peça chave do mistério, está sempre bêbada ou dentro do trem e então o recurso técnico usado para expor suas emoções e causar empatia com o expectador é uma câmera de mão que balança com ângulos em close-up, as expressões da personagens são ampliadas, é como se ela tentasse mostrar para nós, expectadores, aquilo que ela não consegue dizer, ou lembrar, este recurso traz realismo e a sensação incomoda de um personagem confuso, de maneira muito eficaz (eu por exemplo, tive a sensação que a qualquer momento eu sentiria o bafo da desmemoriada). Com a personagem
Anna, a dona de casa, mãe de família e dedicada esposa, interpretada por Rebecca Ferguson, o diretor usa uma cinematografia mais clara, em ângulos abertos a médio com câmera fixa como se quisesse passar a segurança da personagem mas equilibrada emocionalmente, porém isso muda conforme as camadas vão sendo reveladas. Com a personagem Megan, interpretada por Haley Bennett, seu esteriótipo é de mulher safada ao mesmo tempo que é a vítima, ela tem suas cenas com uma trilha sonora mais intensificada e misteriosa, é usado aqui os mesmo recursos usados no filme "Garota Exemplar", é mesmo como se quisesse que o expectador aproximasse em comparações as duas histórias, e das personagens envoltas pelo principal mistério, mas o suspense criado aqui, não chega nem perto do que o diretor de "Gone Girl" fez lá.

O roteiro é mais simples do que esperávamos, mas é bem escrito. As várias camadas dos personagens os tornam complexos, uns são mais complexos do que outros, mas todos tem alguma coisa relevante que acrescenta e que vamos desvendando pouco a pouco, mas são os diversos pontos de vista da trama que faz com que a narrativa fique enfadonha e algumas vezes até melodramática. A fotografia é bem trabalhada de acordo com cada momento, a floresta e o túnel contém a paleta de cores acinzentada e fria, as vezes turva e fora de foco, e a iluminação em ambientes fechados é amarelada o que intensifica a sensação de perigo e suspense. A trilha sonora ajuda a compor as cenas de mistério, mas ao longo da trama ela se torna menos interessante. 



Assista ao trailer:



Luke Evans é o destaque no elenco do time masculino, ele está ótimo em cena. Justin Theroux também tem uma boa performance, as cenas em que ele atua e são mostradas por pontos de vista diferentes, são muito bem dirigidas.A figura masculina e tida como repressora e machista, as mulheres são as vitimas, mas isso soa artificial e as vezes contradiz com o que estamos assistindo, nem tudo é o que parece. Os flashbacks e a cronologia aleatória prende a atenção até certo ponto, e funciona quando nos dá algo novo para tentarmos desvendar, o que não dura muito tempo, temos algumas surpresas, mas o "X" da questão é previsível e revelado ainda no início do terceiro ato, a partir daí a trama entrega os detalhes sem nenhuma surpresa, porém o desfecho é satisfatório, mas está longe de ser memorável.



Baseado no best-seller homônimo de Paula Hawkins. O longa está em cartaz nos cinemas de todo Brasil, vale a pena conferir.



sábado, 29 de outubro de 2016

Trolls, 2016.

A nova animação da DreamWorks é um show de cores vibrantes e músicas, com certeza vai animar a criançada, encantar os adultos e vender bonequinhos. 


Tronco (Justin Timberlake) parte para uma jornada de aventuras ao lado de Poppy (Anna Kendrick), para resgatar seus amigos aprisionados pelos vilões Bergens.

Trolls é fofo, colorido, dançante, divertido, a computação gráfica é irretocável, com texturas e formas que dá vontade de tocar, o roteiro e a narrativa são satisfatórios e tecnicamente tudo funciona bem, mas falta algo que torne a história inesquecível, apesar das mensagens de amor, felicidade e amizade, não há nada que vá além disso. 
A música como inspiração, gira no eixo da trama, a trilha sonora é linda, mas a versão dublada em português é a pior coisa que poderia acontecer (eu penso o mesmo sobre Happy Feet). 

Eu entendo que seja uma animação infantil, mas sinceramente, crianças não vão sozinhas ao cinema, e um dos pontos principais do filme são os hits. A versão em português, apesar da tradução ter chegado bem próximo das letras originais, é ruim para os ouvidos de quem esperava ouvir as versões originais. Apenas duas canções não foram transformadas para a versão nacional e ficaram muito melhor, então, por que não adotaram a mesma regra para todas as canções? Até as crianças que estavam comigo (entre 9 e 12 anos) reclamaram da falta de critério. Quem já está acostumado com esse tipo de animação dublada em português talvez não se incomode.

Assista ao trailer comentado por Justin Timberlake e Anna Kendrick:



O 3D é totalmente dispensável, eu mesmo cheguei a tirar os óculos algumas vezes para apreciar melhor as cores vivas da animação. Perto do inesquecível e surpreendente Shrek (que é dos mesmo criadores), Trolls é bom, a aventura é uma gracinha, e até os "vilões" são fofos e carismáticos, mas não há profundidade, não vai além do "o que importa é ser feliz (ou abraçar e dançar)", é apenas um delicioso passatempo, leve e ótimo para reunir a família para uma tarde agradável com as crianças.


Ah, e antes que eu me esqueça, há uma cena no meio dos créditos. Não saia correndo do cinema!


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Novo Cartaz IMAX de Rogue One: Uma História Star Wars.

O novo cartaz traz algumas mensagens escondidas em Aurebesh, um alfabeto do universo Star Wars.

O site Comic Book decifrou as mensagens, são elas:

K-2SO: "BEAT BACK THE REBELS" CHIRRUT ÎMWE: "JOIN THE EMPIRE" JYN ERSO: "SUBMIT TO OUR WILL" CASSIAN ANDOR: "ALL POWER TO THE EMPIRE" BAZE MALBUS: "CRUSH THE REBELLION IN ONE SWIFT STROKE" "THIS STATION IS THE ULTIMATE POWER IN THE UNIVERSE" BOHDI ROOK: "THERE WILL BE NO ONE TO STOP US THIS TIME." “Contra-ataquem os Rebeldes.”
“Junte-se ao Império.”
“Todo o poder ao Império”
“Destrua a Rebelião com um só golpe.”
“Essa estação espacial é a mais poderosa do universo.”
“Não haverá ninguém para nos deter agora.”


Rogue One: Uma História Star Wars, estreia dia 15 de dezembro nos cinemas. 

Veja mais cartazes clicando aqui.

M. C. Escher e Doutor Estranho.

Relatividade de M.C.Escher, é uma obra que realmente me hipnotiza, quem nunca olhou para ela e ficou vários minutos tentando compreendê-la? Aliás Escher é incrível, não só pelos extraordinários rabiscos, mas pela sua maneira de enxergar um mundo, de ponta a cabeça, invertido, de trás para frente... Mas o que isso tem a ver com o filme de super-herói da Marvel? Tudo! "Relatividade é uma litografia de impressão do artista holandês M.C. Escher, impressa pela primeira vez em dezembro de 1953. Ela retrata um mundo em que não se aplicam as leis normais de gravidade. A estrutura arquitetônica parece ser o centro de uma comunidade idílica, com a maioria de seus habitantes vai casualmente sobre seu negócio comum, tais como jantar. Há janelas e portas que levam ao parque e ambientes ao ar livre. Todas as figuras estão vestidas em trajes idênticos e têm cabeças em forma de bulbo, traços característicos, que podem ser encontrados em muitas outras obras de Escher.

Fan art por Chickenz inspirado na Relatividade de Escher - Doctor Strange.
A estrutura tem sete escadas, e cada escada pode ser usada por pessoas que pertencem a duas fontes de gravidade diferentes. Isto cria fenômenos interessantes, tais como: no topo escada, onde dois habitantes podem usar a mesma escada na mesma direção e sobre o mesmo lado, mas cada uma delas utilizando uma cara diferente de cada passo; assim, se um desce a escada, o outro sobre a escada, mesmo durante o movimento na mesma direção, quase lado-a-lado. Nas outras escadas, os habitantes são retratados como se subissem as escadas de cabeça para baixo, mas com base em sua própria fonte de gravidade, eles estão subindo normalmente. Cada um dos três parques pertence a um dos poços de gravidade. Todos, com exceção de uma das portas parecem levar a caves abaixo dos parques. Embora fisicamente possível, esses porões são certamente incomuns e adicionam o efeito surreal da imagem.

Relatividade por M.C. Escher.
Este é um dos trabalhos mais populares de Escher e tem sido utilizado em uma variedade de formas, como pode ser apreciado tanto artisticamente e cientificamente. Interrogações sobre perspectiva e representação de imagens tridimensionais em uma imagem bidimensional são a essência das obras de Escher, e Relatividade representa uma de suas maiores realizações neste domínio."

Fonte: Wikipédia.