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Tom Hanks está de volta na pele do simbologista mas carismático do cinema, ele está em forma e mais a vontade com seu personagem, é um Robert Langdon desorientado quando tudo começa e quanto mais o filme avança, mais eu estou convencida de que Hanks é Langdon de uma vez por todas. Felicity Jones tem seu personagem simplificado mais ainda assim, ela consegue dar vida com a ótima atuação. Omar Sy também marcar presença e mesmo seu personagem sendo muito vago sua atuação é forte, nada que vai marcar sua carreira, mas é convincente e acrescenta um certo mistério. A atriz dinamarquesa Sidse Babett Knudsen, é uma peça interessante do quebra-cabeça, mas também teve seu personagem reduzido e simplificado, no lugar de algo que poderia ter sido mais palpável para a trama, foi inserido um clima açucarado e a ótima atriz parecia não ter muito o que trabalhar.
Uma curiosidade interessante para destacar, é que este elenco é composto por atores internacionais, assim como Sidse Babett Knudsen da Dinamarca, tem Omar Sy que é francês, Felicity Jones é inglesa, Irrfan Khan é indiano e Ben Foster norte-americano.
As locações não ficam atrás, Istambul, Turquia e as duas cidades italianas, Veneza e Florença, são bem fotografadas e enriquecem a cinematografia clara e naturalmente hipnotizante, a direção acerta em movimentos panorâmicos de câmera alta, em bons enquadramentos abertos e médios, e planos longos também enaltecem as cenas externas e nos museus destacando apenas o que é necessário para os olhos do expectador. A trilha sonora de Hans Zimmer é sensacional como de costume, e um plano-sequência em Istambul (mesmo não agradando em seu desfecho hollywoodiano) somado a trilha sonora aumentam a nossa ansiedade e ao mesmo tempo nos enchem os olhos, por tamanha a competência do design de produção. E os efeitos visuais são muito eficientes.
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Veja o trailer:
Dos 3 filmes de Dan Brown adaptados para o cinema, esta é a trama que contém mais ação e Ron Haward sabe criar um clima tenso, por outro lado é a adaptação que mais se distancia da obra original, deixando de lado a discussão mais importante. Como roteiro adaptado é raso. Como obra cinematográfica isolada, é repetitivo, porém, um ótimo blockbuster.
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