domingo, 4 de setembro de 2016

Star Trek: Sem Fronteiras (Star Trek: Beyond, 2016)




O diretor Justin Lin faz deste terceiro filme, do reinício da saga Jornada nas Estrelas, um ótimo filme de ação, que não compromete a saga sci-fi, muito pelo contrário, complementa, é empolgante e muito bem dirigido, sem nunca perder sua essência e os valores da Frota Estelar. As cenas de ação tem muitos cortes, mas a edição é eficiente. A fotografia ficou um pouco mais escura do que seria ideal, principalmente para cenas externas noturas no planeta desconhecido, mas ao longo do filme a boa cinematografia é limpa e clara, as ambientações são convincentes, o cenário é bem construído e o uso de CGi é funcional, a serviço da trama, sem exageros. A maquiagem continua excelente, tem várias criaturas incríveis, que não são feitas através da captura de movimento (e isso é ótimo!), porém o vilão tem uma peculiaridade e não caiu tão bem como o esperado. Sua maquiagem ficou pesada e claramente corrigida com uso da computação sobre as próteses, ofuscando a interpretação do ator. Os figurinos são irretocáveis, muito bem trabalhados. Os efeitos sonoros são excelentes e trilha sonora como sempre é bem introduzida, em determinado momento ela se torna uma deliciosa surpresa, que para mim, é um dos pontos altos do filme.


"A Enterprise encontram-se no terceiro ano da missão de exploração do espaço prevista para durar cinco anos. Eles recebem um pedido de socorro que acaba os ligando ao maléfico vilão Krall (Idris Elba), um insurgente anti-Frota Estelar interessado em um objeto de posse do líder da nave. A Enterprise é atacada, e eles acabam em um planeta desconhecido."



O roteiro é bom e conta com a participação de Simon Pegg (que também interpreta o Scotty), os diálogos são algumas vezes piegas, porém bem construídos e com humor bem dosado em suas auto-referências. O enredo da ênfase na união dos tripulantes, a química entre os atores é fortalecida principalmente entre o núcleo principal, eles estão ainda mais entrosados, não há interpretações medianas, tudo funciona muito bem entre estes personagens. Quando o elenco se divide em duplas, as interações surpreendem com destaque merecido para todos. Triste mesmo é ver as cenas de Anton Yelchin e saber que ele não estará mais lá.


Sofia Boutella é Jaylla, sua personagem badass é muito bem inserida, determinada, ela entra no ritmo da trama proporcionando bom humor e não deixa a desejar em nada para os personagens fixos. Idris Elba interpreta o vilão Krall, infelizmente este não é um personagem com motivações de peso, sua apresentação é cercada de mistérios e a tardia revelação para tais atos até podem surpreender, mas não convencem o espectador, ele não cativa, não pela interpretação do ator (e grande ator!), mas pelo rumo que a trama é levada. Star Trek: Beyond tem tantos atrativos visuais e com mensagens tão atuais de valores morais, diversidades, família, que o vilão em si, fica em segundo plano apesar da ameaça ser relevante para a trama.


Veja o trailer:


Este é o filme mais divertido, da até então trilogia, menos sombrio que Além da Escuridão (2013) e menos memorável que Star Trek (2009), ambos dirigidos por J. J. Abrams. Mas é sem dúvidas um emocionante capitulo que Justin Lin nos presenteia, sem grandes pretensões ou inovações, mas quando acaba deixa aquele gostinho de quero mais.



O longa está em cartaz nos cinemas de todo Brasil. 



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