As motivações do bandido não são claras e com toda movimentação e ação criada para prender o espectador, esse ponto torna-se ainda mais interessante. A atriz Kate Kiegel é excelente em sua performance e sua personagem é inteligente e hábil, ela pensa rápido e, na maioria das vezes, toma as melhores decisões para o bom desenvolvimento da narrativa. O roteiro é bem escrito, tem começo, meio e fim. As interações entre a vítima e o assassino nos segura, presos em uma espécie de caça ao rato. O vilão mascarado é tenso, não dá pra falar muito sobre ele para não dar spoilers, mas posso dizer que ele tem um plus diferente dos mascarados que já vimos por aí, porém não é dos melhores.
A ótima fotografia e iluminação são bem realistas, a trama começa ao cair da tarde, quando anoitece a cinematografia continua bem limpa e clara mesmo em ambientes de pouca luz, sempre com foco no que o espectador precisa ver. Os enquadramentos precisos são algumas vezes angustiantes, e também tem muitos clichês, são coisas que todo filme de terror tem, mas não o suficiente para entediar. A trilha sonora é boa e dá espaço para o silêncio (silêncio é muito importante em filmes de terror, algumas produções esquecem), o suspense na maioria das vezes depende disso. Os efeitos visuais são funcionais, nada mirabolantes e os poucos jumpscares são mais previsíveis do que deveriam.
Veja o trailer:
Na metade do segundo ato o filme dá uma esfriada e cansa um pouco, já no terceiro ato, o suspense retoma a qualidade mas faltando muito pouco para o desfecho fica previsível e perde um pouco daquilo que vinha se mostrando. No geral, e em tempos difíceis para filmes do gênero, Hush (só eu achei o subtítulo ridículo?) é um bom e rápido passatempo, já que dura apenas 81 minutos.
O longa está disponível na Netflix.
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