domingo, 10 de abril de 2016

Fonte da Vida (The Fountain, 2006)

Lá se vão 10 anos que este filme estreou e só agora eu assistir e me perguntei: "Onde eu estava que não vi este filme antes?" 
Bom, pra começar devo dizer que o filme é do cineasta Darren Aronofsky, aí já elimina aquela galera que não curte os filmes dele, sim é mais um filme complexo, e sim, é um filme cheio de reflexões filosóficas, com muitas metáforas, mas não é um filme indecifrável, tem uma narrativa não linear e conta três histórias que se entrelaçam ao longo do filme e o mais interessante: Não saberemos com certeza se "o pião cai, ou não". (Entendedores... entenderão!)


Se eu nem comecei e você já não entendeu, fique atento, esse filme pode não ser interessante para você, mas não custa nada tentar. 

A sinopse conta que na Espanha do século XVI, o conquistador Tomas Creo parte para o Novo Mundo em busca da lendária árvore da vida.
Nos tempos atuais a mulher do pesquisador Tommy Creo está prestes a morrer de câncer, mas ele procura desesperadamente a cura para salvá-la.Sua esposa, fascinada pela civilização maia, está escrevendo um manuscrito que conta a história de Tomás Verde e da Rainha Isabel.
Uma terceira história une as duas primeiras: No século XXVI, o astronauta Tom finalmente consegue a resposta para as questões fundamentais da existência.

Este longa me lembrou bastante "Cloud Atlas" de 2012 dos irmãos Wachowski (outro filme que o grande público não gostou!) que eu A-DO-REI! Porque na verdade são filmes filosófico e que falam do amor, da vida eterna, mortalidade. Inclusive este longa começa com uma citação da bíblia que menciona a árvore do conhecimento e a árvore da vida, ele também mistura elementos como esoterismo, religião, ficção científica, meditação, Ioga... tudo se encaixa perfeitamente dentro do contexto de sua narrativa fantástica. Um filme para ser apreciado, e não acaba quando termina, pois é quando termina que vamos montar o quebra-cabeça. E foi aí que ele me ganhou mais uma vez.


Hugh Jackman está excelente, ele é um grande ator e aqui ele prova isso mais uma vez. Pra quem só lembra de Hugh como Wolverine, tá aqui um filme que vai fazer você esquecer. Ele interpreta 3 personagens que tem em comum o amor, a busca pela vida eterna. Uma ótima atriz e que também faz muito bem a sua parte é Rachel Weisz, ela também está em diferentes períodos na história, os dois estão fantásticos.

Darren Aronofsky é diretor e roteirista desse filme, ele faz um ótimo trabalho em ambos os aspectos, com enquadramentos específicos que num primeiro momento parece estranho com muitos cortes, mas depois nos acostumamos, isso faz parte da dinâmica da narrativa do filme, a cinematografia é especial, pois são três épocas bem diferentes, passado, presente e futuro, e estão bem retratados. O filme é carregado nos efeitos visuais, mas nada está ali de graça, o uso do CGi é surreal em algum momentos mas é totalmente bem empregado e necessário para que se desenvolva sentimentos, emoções, são técnicas que para 2006 com certeza foi de cair o queixo, hoje nem tanto, mas ainda assim é plausível e funcional. A trilha sonora é linda, gostei muito. O roteiro é bem amarrado, muito bem escrito e absolutamente genial.


Emocionante, com uma forte carga dramática e inteligente. Enquanto o protagonista busca suas respostas, o expectador não consegue piscar, a direção deste longa é realmente muito interessante, nos prende, nos faz pensar. Esse é um filme para ser assistido mais de uma vez, para que todas as lacunas sejam preenchidas, pois tudo está lá e é sensacional quando descobrimos. Recomendo para quem gosta de Filosofia, História, sci-fi. Bom para quem gosta de refletir.



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