O filme é sobre casos de pedofilia praticados por membros da Igreja Católica acobertados pela Arquidiocese de Boston, e que a Spotlight, uma equipe de jornalistas do The Boston Globe, investiga, não só pela reportagem em si, mas também por um sentimento pessoal de justiça.
Com um elenco brilhante (nada menos do que isso), o filme tem a clareza dos fatos em atuações tão convincentes que mais parece de um documentário, onde o expectador é transportado para dentro do jornal, acompanhando a rotina dos jornalistas, toda investigação, cada pesquisa, cada descoberta, a gente se sente lá, junto à equipe a cada passo, a cada triste descoberta.
Com uma trilha sonora no mesmo tom do filme, apesar de ser "paradão", não é cansativo, a edição é dinâmica, e o roteiro é tão bom que não conseguimos despregar os olhos da trama. Não temos nenhum minuto de alívio, o filme mantém o tom investigativo e de seriedade, todos sentem o peso da responsabilidade sobre este caso nas mãos, algo que começa pequeno e vira uma bola de neve aos nossos olhos. Sufocante. Ótima direção.
Michael Keaton e Mark Ruffalo, estão em sua melhor forma, suas interpretações são as mais destacadas devido à carga emocional de seus personagens. Também estão no filme Rachel McAdams (indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante), Liev Schreiber, John Slattery, Stanley Tucci, Brian d'Arcy James e outros, todo o elenco está muito bem. Fotografia, cenários e figurinos retrata bem a época em que se passa a história. Eu soube que o verdadeiro jornal, The Boston Globe, ajudou muito a equipe a recriar estes detalhes.
Spotlight é um grande filme que conta bem a sua história sem precisar apelar ou exagerar. Um filme sobre jornalismo verdadeiro, sério e sem sensacionalismo.
Merecidamente indicado ao Oscar 2016 de Melhor Filme e mais 5 indicações. Na vida real, esta investigação recebeu o Prêmio Pulitzer de Serviço Público em 2003.
Filme excelente. Recomendo para quem gosta do gênero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário