Sim, ele está de volta e com ele tudo que os fãs da franquia, ou pelo menos fãs dos 3 filmes estrelados por Matt Damon, querem ver.
Nove anos após O Ultimato Bourne, o diretor Paul Greengrass volta ao novo filme da franquia, o que podemos esperar é exatamente o que o filme apresenta: ação, câmera na mão e Jason Bourne. O longa tem o tom mais sério, as cenas de ação são mais extensas, mas o que falta mesmo é um roteiro mais consistente, apesar de bem escrito ele não vai muito a fundo, usa-se uma segunda história, praticamente paralela, para somente no último ato fazer ligação à história principal. O tema é atual, é o que os norte americanos estão vivendo, o caso Snowden e a privacidade nas redes, assunto para render bons filmes, mas Greengrass foca mais na ação (o que também não é ruim) deixando a desejar na falta de diálogos mais intensos. A complexidade da "trilogia Bourne" não é vista aqui.
O elenco excepcional traz Tommy Lee Jones sempre bem apresentado, seu personagem é aquilo que já esperamos, mas ele o faz muito bem. Alicia Vikander é ótima, sua interpretação é muito convincente, ela é misteriosa, deixando o espectador com a dúvida durante todo o filme. Vicent Cassel é o atirador, assim como outros atiradores que já apareceram no caminho de Bourne, seu personagem não tem muitas surpresas, mas também é um bom vilão e bem ameaçador, é um grande ator e está em perfeita forma. E Matt Damon que dessa vez traz um Jason Bourne grisalho, mais maduro e mais calado, como já foi dito em uma entrevista com Greengrass, Damon teve apenas 25 falas, mas isso realmente não chega a ser um problema.
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Jason Bourne pode não ter o roteiro mais bem elaborado dos filmes anteriores, talvez por este não se tratar de uma adaptação dos livros (sabemos que falta criatividade em Hollywood), mas é uma boa atualização da franquia, que não precisava de mais continuações. No desfecho deste, um plot twist do plot twist deixa margem para uma nova franquia. Em uma entrevista, Matt Damon, disse que a idade já começa a "pesar" para o personagem, vemos no longa que ele reage ao personagem de forma mais objetiva, menos divertido em suas lutas no "mano a mano", ainda muito bem coreografadas e mais realistas em relação aos anteriores, mas com os cortes rápidos da edição não podemos aproveitá-las em toda sua plenitude (como antes), será essa uma forma amenizar o "peso" que Matt se referiu? Para uma volta funcionou muito bem, mas a longo prazo será preciso mudar a fórmula.
Veja o trailer:
De qualquer forma, é um ótimo e empolgante filme de ação. E que venha mais Jason Bourne.
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