segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Malasartes e o Duelo com a Morte, 2017.

O cinema nacional de gêneros apresenta: Fantasia nacional! 


Olha aí que legal ver o nosso cinema evoluindo, efeitos visuais para incrementar nossas histórias. Indo direto ao ponto, muita coisa ficou boa e tenho pouco a reclamar, mas tá valendo, é algo novo, estamos no caminho, dá orgulho quando a gente vê. O verdadeiro cinéfilo brasileiro torce para que o nosso cinema cresça, e este é um grande passo. 



Baseado nos contos populares de Malasartes, neste longa temos 2 mundos, o real e o da fantasia, o roteiro é um recorte de contos com uma história de plano de fundo. Malasartes transita nestes dois mundos, para nós espectadores, há uma grande diferença de qualidade no roteiro entre um mundo e outro. Os personagens no mundo real tem a parte da história que melhor funciona, as atuações são melhores e as piadas mais engraçadas. Já no mundo da fantasia o roteiro perde a força, os efeitos visuais tentam suprir as necessidades do roteiro. A direção de arte no mundo real está de parabéns, já no mundo fantástico, há um certo exagero na quantidade de efeitos que deixa claro que alguma coisa está sobrando, mas que para aproveitar ao máximo essa tecnologia estica-se o roteiro e perde-se qualidade. Há duas cenas que poderiam facilmente ter ficado para as "cenas deletadas" no Blu-ray. A trilha sonora com a música tema, ficaram na minha cabeça por horas, e me agrada! O que não agradou muito foi um "mantra" exaustivamente repetido, que no inicio é bacana mas depois cansa.



No geral, é um filme bem divertido, Jesuíta Barbosa encarna bem o personagem e tem uma ótima química com Isis Valverde, Milhem Cortaz e Augusto Madeira, juntos eles formam um quarteto bastante carismático, com humor ingênuo, caipira, que dá vontade de ver mais um "cadim"! Já o grande vilão, interpretado por Júlio Andrade, não funciona bem sozinho, sua aparição no mundo dos vivos é mais interessante do que é visto no mundo fantástico, não que a atuação não tenha sido boa, muito pelo contrário, mas o roteiro com aquela esticada (que eu já comentei) acaba prejudicando um pouco este personagem, ele literalmente tem uma personalidade que não era necessária. As bruxas são personagens que estão sobrando, com exceção de Vera Holtz, mas que também não tem um grande papel. Leandro Hassum está pouco aproveitado e menos engraçado como de costume. 



Sinopse: Vivendo no interior do Brasil, o jovem Pedro Malasartes (Jesuíta Barbosa) é um malandro. Com a sua lábia, ele consegue pregar peças em comerciantes e se aproveitar da boa vontade alheia. No entanto, sua incrível esperteza será colocada à prova pela Morte, a ceifadora de almas. 



O filme diverte, dei boas risadas, fiquei feliz com os efeitos visuais "fabricados" aqui e que ainda pode melhorar sim, claro! Mas que me surpreenderam positivamente, e mesmo com algumas falhas no roteiro (como uma regra que de repente é esquecida), as atuações e tiradas são ótimas, nem senti o tempo passar, o que é um ótimo sinal, o filme tem 107 min..

Vale a pena levar toda a família ao cinema para prestigiar o que é nosso. Ah, e levem seus avós/tios/pais que curtiram Mazzaropi no passado, eles vão adorar! 😉

Veja o vídeo dos bastidores de filmagens dos efeitos visuais: 


Assista ao trailer:




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