Finalmente a segunda parte da lista tão desejada deste blog!
É claro que filmes assim não agradarão a todos, muitos destes longas vão além do final surpreendente e exigem que sejam visto com muita atenção, a narrativa muitas vezes pode não ser linear e quem não gosta muito de pensar sobre eles, provavelmente, também não vai gostar. Mas se não for o seu caso, e filmes complexos e/ou com reviravoltas são os seus preferidos, aproveitem a lista, e podem me indicar alguns também.
Não entender um filme complexo não significa que ele seja incompreendível, alguns desses filmes precisam ser avaliados como se fosse um dever de casa, um exercício para a mente e visto 3, 4, 5 vezes, faz parte apreciar a arte algumas vezes para absorve-la melhor. Então, vamos a esta lista:
O Sexto Sentido (The sixth sense, 1999)
Dirigido por M. Night Shyamalan. Duração: 1h 47min.
O psicólogo infantil Malcolm Crowe (Bruce Willis) abraça com dedicação o caso de Cole Sear (Haley Joel Osment). O garoto, de 8 anos, tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Malcolm, por sua vez, busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se suicidou na sua frente.
Pois é, este com final surpreendente é o primeiro da lista porque fui muito cobrada nas listas anteriores, hehe!! Um filme que não dá pra dizer nada sobre ele, apenas a sinopse. Seu final surpreendente fez desse filme um dos mais importantes do gênero e inspirou muitos outros. Se você ainda não assistiu, não perca mais tempo, assista hoje mesmo!
Um Contratempo (Contratiempo, 2016)
Dirigido por Oriolo Paulo. Filme espanhol.
Tudo está indo muito bem para Adrian Doria (Mario Casas). Seu negócio é um sucesso e lhe trouxe riqueza, sua bela esposa teve a criança perfeita, e sua amante está bem com o caso dos dois escondido. Tudo está ótimo até que Doria desperta num quarto de hotel, depois de ser atingido na cabeça, e encontra sua amante morta no banheiro, coberta com um monte de notas em euros. Com tudo o que construiu desmoronando aos seus pés, Doria recorre a melhor advogada de defesa da Espanha, Virginia Goodman (Ana Wagener), e eles tentam descobrir o que realmente aconteceu na noite anterior.
A principio é uma história sobre fazer justiça, mas que apresenta alguns variados pontos de vista, e cada detalhe é muito importante, mas ao decorrer da história... Bom, melhor não dizer nada, é mais um que apresenta um final inesperado. São ótimas atuações e foge do padrão hollywoodiano de ser, e a única coisa que não me deixou mais feliz com o filme é que ele se explica demais (perde tempo), mesmo assim, se você não estiver muito atento pode se perder um pouco na narrativa. Super recomendo.
El Cuerpo (2012)
Dirigido por Oriolo Paulo. Duração: 1h 51 min. Filme espanhol.
O corpo de uma mulher (Belén Rueda) desaparece misteriosamente do necrotério sem deixar qualquer vestígio. O Inspetor Jaime Peña (José Coronado) investiga o estranho acontecimento com a ajuda de Alex Ulloa (Hugo Silva), o viúvo da mulher desaparecida.
É uma história envolvente, que te prende do inicio ao fim, somos todos investigadores tentando descobrir, a cada minuto que passa a curiosidade e a tensão só aumentam. As atuações são brilhantes e a cinematografia junto a trilha sonora completam o clima perfeito para um ótimo suspense psicológico. Pensam que já sabem o que aconteceu??? Assistam e preparem-se para uns dos melhores filmes de suspense policial com final surpreendente.
Corpo Fechado (Unbreakable, 2000)
Dirigido por M. Night Shyamalan. Duração: 1h 46 min.
Em um desastre de trem todos os passageiros morrem, com exceção de David Dunne (Bruce Willis), que sai completamente ileso do acidente, para espanto dos médicos e de si mesmo. Buscando explicações sobre o ocorrido, ele encontra Elijah Price (Samuel L. Jackson), um estranho que apresenta uma explicação um tanto estranha para o fato. O filme faz excelentes analogias entre o mundo real e o universo das histórias em quadrinhos de super-heróis. Samuel L. Jackson é perfeito, eu amo este personagem. O diretor Shyamalan, que até faz uma pontinha no longa, fez um trabalho muito bom, com diálogos memoráveis, e mais uma vez com Bruce Willis no papel central. E é um filme atemporal, surpreendente. Assistam, que a sequência vem aí!
Old Boy, 2003
Dirigido por Park Chan-wook. Duração: 1h 59min.
Baseado no mangá japonês de mesmo nome, escrita por Nobuaki Minegishi e Garon Tsuchiya. Em 1988, Oh Dae-su (Choi Min-sik) é um homem comum, bem casado e pai de uma garota de 3 anos, que é levado a uma delegacia por estar alcoolizado. Ao sair ele liga para casa de uma cabine telefônica e logo em seguida desaparece. Pouco depois ele percebe estar em uma estranha prisão, que na verdade é um quarto de hotel. O longa tem um visual muito interessante, sua fotografia com tonalidades em verde, é angustiante e claustrofóbica, assim como a trilha sonora. O filme é tão violento quanto os do Tarantino, e um humor negro e as vezes até pastelão em alguns momentos, mas, é perturbador. Tem uma cena de pancadaria que é uma das melhores que já vi no cinema, uma sequência de tirar o fôlego (à lá Kill Bill!) em plano sequencia aberto, sem cortes, onde a câmera deslisa lateralmente acompanhando a ação, muito divertida e sem dublê. Com uma trama fantasticamente bem dirigida, o longa venceu o grande prêmio do Festival de Cannes 2004. Seu final é surpreendentemente chocante (eu só gritei "Puta merda!" umas 40 vezes, e olha que eu desconfiei!), e não é só o final, ao longo do filme há uma série de acontecimentos que eu pus as mãos nos olhos e... AAHHH!!!! Uma produção sul-coreana pra Hollywood nenhuma botar defeito (e até por isso fizeram o remake. Aff!). Uma curiosidade que vale saber: O "pedido" era de verdade e estava realmente vivo. Tem que ter muito estômago! Entendedores, entenderão. E pra quem ainda não viu: Veja.
O Predestinado (Predestination, 2014)
Dirigido por Michael e Peter Spierig. Duração: 1h 38min.
Um agente temporal (Ethan Hawke) encara sua última missão após anos de viagens no tempo caçando criminosos e executando a lei. O desafio final será finalmente capturar seu inimigo mais desafiador, o homem que há muito o intriga e ludibria.
Esse é pra derreter o cérebro! Quando junta ficção científica e histórias complexas com viagens no tempo, eu adoro! Além de uma narrativa não linear, este filme possui muitos detalhes interessantes, num roteiro bem amarradinho e que se faz até um pouco ambicioso demais, mas que vale a pena cada descoberta. É um filme que fica com você alguns dias, e que dá vontade de assistir mais algumas vezes, principalmente pela complexidade e o final surpreendente.
Primer (2004)
Dirigido por Shane Carruth. Um filme independente feito com baixíssimo orçamento (US$7.000.00) e que recebeu várias indicações e prêmios pelo mundo à fora.
Aaron (Shane Carruth) e Abe (David Sullivan) são dois jovens engenheiros que realizam experiências científicas em uma garagem. O projeto mais recente em que estão trabalhando é um dispositivo que reduz o peso de um objeto em seu interior, ao bloquear a força da gravidade. A experiência faz com que a dupla realize uma descoberta que pode fazer com que tenha tudo o que quiser.
Complexo nível máximo! Demorei anos para assistir este cult, e desviei de spoilers feito louca, e quando assisti precisei assisti de novo antes de dizer alguma coisa. Esse é um longa para quem curte tudo que envolve viagens temporais e seus fenômenos quânticos do mais alto nível, mas se você só curte filmes complexos e está acostumado com tramas sobre viagens no tempo e diversas linhas temporais, este filme também é pra você. Os diálogos são bem técnicos, então toda atenção é pouca para não se perder, é uma obra verdadeiramente inteligente que discute principalmente moral e ética. Super recomendo, mas se preparem para terem cérebros explodidos!
Terapia de Risco (Side Effects, 2013)
Dirigido por Steven Soderbergh. Duração: 1h 46min.
A trama gira em torno da jovem Emily Hawkins (Rooney Mara), que acaba de ver o marido (Channing Tatum) ser libertado da prisão por um crime de colarinho branco. Mesmo aliviada, Emily tem crises de depressão e busca a ajuda de medicamentos prescritos para conter a ansiedade. Ela também busca amparo num tratamento psicológico, lidando com profissionais (Jude Law e Catherine Zeta-Jones). O tratamento, por mais que comece de forma positiva, vai gerar consequências inesperadas na vida da jovem.
Sabe esses filmes que começa um drama sem fim e quando você percebe, já está completamente envolvido? O filme é uma crítica a industria farmacêutica, o envolvimento dos médicos em testes com pacientes, mas o longa vai muito além e surpreende. Bem roteirizado, ótima direção e uma fotografia fria perfeita que retrata bem o clima daquilo que deve ser passado ao público, um filme sério com tema polêmico, não sabemos quem é vilão ou vítima.
O Duplo (Double, 2015)
Dirigido por Richard Ayoade.
Tímido, solitário, rejeitado pela amada, Hannah (Mia Wasikowska), Simon (Jesse Eisenberg) tem um choque ao conhecer seu novo colega de trabalho, de nome James. Fisicamente idênticos, os dois são opostos em termos de personalidade.
O filme não define em que época se passa, então não sabemos se no passado ou num futuro distópico, suas cores, em tom de sépia, nos remete à algo retrô, noir, steampunk. É um filme bem complexo e vai fundo na psique botando o espectador para refletir (Clique aqui para ler a crítica completa).
Filth (2013)
Dirigido por Jon S. Baird. Duração: 1h 37min. É um filme europeu.
Bruce Robertson (James McAvoy) é um homem viciado em cocaína, misantropo, bipolar e obcecado por sexo. Ah, ele também é um policial, responsável por investigar um assassinato brutal. Na verdade, Bruce deseja mais do que encontrar o culpado: ele pretende usar este caso para conseguir uma promoção e voltar para sua esposa e filha.
Insano, intrigante, obsceno e surreal. Nem tudo é o que parece! Uma obra que infelizmente não é muito comentada ou reconhecida, mas é um grande filme e indispensável para fãs de filmes complexos e que têm algo a dizer (Clique aqui para ler a crítica completa).
Substitutos (The Surrogates, 2009)
Dirigido por Jonathan Mostow. Duração: 1h 25 min.
2054. Grande parte da população usa os androides substitutos da Virtual Self, que cumprem todos os afazeres do dia a dia e permitem que seus donos jamais tenham que sair de casa. Entretanto um terrorista tecnológico passa a assassinar os androides, causando caos geral.
Ficção científica baseado na história em quadrinhos de mesmo nome lançada entre os anos de 2005-2006. Mais uma ficção científica surpreendente que tem Bruce Willis como protagonista, simplesmente imperdível que faz a gente pensar no futuro da humanidade. Reflexivo, inteligente e que recomendo fortemente.
Gostaram? Tem mais 2 listas aqui:
Filmes complexos
Filmes com finais surpreendentes.
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sábado, 14 de outubro de 2017
sábado, 24 de junho de 2017
O Duplo (The Double, 2015).
Mais um desses filmes que não me deixam dormir... Sensacional!
Ele me lembrou "Clube da Luta" (1999), "Brazil - O Filme" (1985), "Cisne Negro" (2010), "Metropolis" (1927), "O Homem Duplicado" (2013)... Mas aí nós lembramos que este filme é baseado numa obra homônima do escritor, filósofo e jornalista russo, Fiódor Dostoiévki de 1821, seria ele a verdadeira inspiração para estes outros clássicos (tanto da literatura quanto do cinema)? Há grandes chances.
Tímido, solitário, rejeitado pela amada, Hannah (Mia Wasikowska), Simon (Jesse Eisenberg) tem um choque ao conhecer seu novo colega de trabalho, de nome James. Fisicamente idênticos, os dois são opostos em termos de personalidade. Com uma fotografia escura, pouco iluminada e em tons de sépia, o filme se torna claustrofóbico até incômodo meio ao comportamento passivo do protagonista, e eis que surge o seu oposto, que inicialmente parece ser um aliado que vai ajudá-lo com a sua introspecção, só que não! A medida que vamos avançando com a trama, os "duplos", vão conflitando de maneira mais inesperada a ponto de sentirmos raiva de um e pena do outro. Mas o que se passa? A grande questão é, quem é este duplo e com que propósito ele apareceu? E estas respostas são adquiridas de maneiras diferentes para cada espectador, já que neste longa não temos a resposta exata, e seu final apesar de ser claro para algumas pessoas, ele pode sim, ser interpretado e argumentado de outra maneira. Não chega a ser um final aberto à lá "A Origem" (2010), mas cabem outras interpretações.
Minha primeira observação é que o filme não define em que época se passa, então não sabemos se no passado ou num futuro distópico, suas cores, como eu já disse antes, em tom de sépia, nos remete à algo retrô, noir, steampunk... carrega uma atmosfera pesada, o humor negro está presente e dá até para se divertir com tanta estranheza contida nos elementos que envolvem esta narrativa que foge dos padrões. O design de produção é outro ponto interessante, luminárias, papéis de parede, espelhos, televisões, fazem parte de cenários minimalistas, há muitos espaços vazios, e uma iluminação que quase sempre está na cabeça dos personagens. A iluminação mais intrigante que já pude perceber em uma produção, pois ela quer te dizer alguma coisa sempre, seja ela de cima para baixo ou de baixo para cima. E algumas vezes eu me perguntava: "De onde vem esta iluminação se a luz vem de lá...???...". Ah, e também há muitos, botões!
Definitivamente não é um filme para quem só curte blockbusters, este filme vai fundo na psique e bota o espectador para refletir. Será que todo mundo tem o seu duplo? E mais ainda, mostra uma forma peculiar de apresentar uma história. O diretor Richard Ayoade, acerta a mão em enquadramentos assimétrico a fim de destacar a diferença entre os duplos, e voltando as luminárias e iluminação, vemos em algumas cenas a assimetria entre luzes e cores, o contraste entre o claro e o escuro nos ambientes em relação aos personagens. Enquadramentos precisos que nos mostram exatamente o que o diretor quer contar, mas que muitas vezes parece "desenquadrar", causando ainda mais estranheza ao espectador. E tem a trilha sonora, parte importante da trama com canções em japonês e um violino que influência diretamente nos nossos sentidos. É uma delícia apreciar!
Eu recomendo este longa para quem curte filmes que fazem "bagunça no cérebro", e que curtem filmes como os que eu citei lá no início do texto. Um filme inteligente, ousado, provocativo e que não pode passar despercebido.
Ele me lembrou "Clube da Luta" (1999), "Brazil - O Filme" (1985), "Cisne Negro" (2010), "Metropolis" (1927), "O Homem Duplicado" (2013)... Mas aí nós lembramos que este filme é baseado numa obra homônima do escritor, filósofo e jornalista russo, Fiódor Dostoiévki de 1821, seria ele a verdadeira inspiração para estes outros clássicos (tanto da literatura quanto do cinema)? Há grandes chances.
Tímido, solitário, rejeitado pela amada, Hannah (Mia Wasikowska), Simon (Jesse Eisenberg) tem um choque ao conhecer seu novo colega de trabalho, de nome James. Fisicamente idênticos, os dois são opostos em termos de personalidade. Com uma fotografia escura, pouco iluminada e em tons de sépia, o filme se torna claustrofóbico até incômodo meio ao comportamento passivo do protagonista, e eis que surge o seu oposto, que inicialmente parece ser um aliado que vai ajudá-lo com a sua introspecção, só que não! A medida que vamos avançando com a trama, os "duplos", vão conflitando de maneira mais inesperada a ponto de sentirmos raiva de um e pena do outro. Mas o que se passa? A grande questão é, quem é este duplo e com que propósito ele apareceu? E estas respostas são adquiridas de maneiras diferentes para cada espectador, já que neste longa não temos a resposta exata, e seu final apesar de ser claro para algumas pessoas, ele pode sim, ser interpretado e argumentado de outra maneira. Não chega a ser um final aberto à lá "A Origem" (2010), mas cabem outras interpretações.
Minha primeira observação é que o filme não define em que época se passa, então não sabemos se no passado ou num futuro distópico, suas cores, como eu já disse antes, em tom de sépia, nos remete à algo retrô, noir, steampunk... carrega uma atmosfera pesada, o humor negro está presente e dá até para se divertir com tanta estranheza contida nos elementos que envolvem esta narrativa que foge dos padrões. O design de produção é outro ponto interessante, luminárias, papéis de parede, espelhos, televisões, fazem parte de cenários minimalistas, há muitos espaços vazios, e uma iluminação que quase sempre está na cabeça dos personagens. A iluminação mais intrigante que já pude perceber em uma produção, pois ela quer te dizer alguma coisa sempre, seja ela de cima para baixo ou de baixo para cima. E algumas vezes eu me perguntava: "De onde vem esta iluminação se a luz vem de lá...???...". Ah, e também há muitos, botões!
Definitivamente não é um filme para quem só curte blockbusters, este filme vai fundo na psique e bota o espectador para refletir. Será que todo mundo tem o seu duplo? E mais ainda, mostra uma forma peculiar de apresentar uma história. O diretor Richard Ayoade, acerta a mão em enquadramentos assimétrico a fim de destacar a diferença entre os duplos, e voltando as luminárias e iluminação, vemos em algumas cenas a assimetria entre luzes e cores, o contraste entre o claro e o escuro nos ambientes em relação aos personagens. Enquadramentos precisos que nos mostram exatamente o que o diretor quer contar, mas que muitas vezes parece "desenquadrar", causando ainda mais estranheza ao espectador. E tem a trilha sonora, parte importante da trama com canções em japonês e um violino que influência diretamente nos nossos sentidos. É uma delícia apreciar!
Eu recomendo este longa para quem curte filmes que fazem "bagunça no cérebro", e que curtem filmes como os que eu citei lá no início do texto. Um filme inteligente, ousado, provocativo e que não pode passar despercebido.
quarta-feira, 21 de junho de 2017
FILTH, 2013.
Finalmente hoje, eu consegui assisti a este filme que estava na minha lista de "filmes que preciso assistir", e foi uma ótima surpresa. Ah, e antes de mais nada, este longa é adaptado do livro "Filth" escrito pelo escocês IrVine Welsh, o mesmo escritor de "Trainspotting" também adaptado para o cinema em 1996. Então pode ser que, algumas semelhanças não sejam meras coincidências.
"Bruce Robertson (James McAvoy) é um homem viciado em cocaína, misantropo, bipolar e obcecado por sexo. Ah, ele também é um policial, responsável por investigar um assassinato brutal. Na verdade, Bruce deseja mais do que encontrar o culpado: ele pretende usar este caso para conseguir uma promoção e voltar para sua esposa e filha."
Veja o trailer:
Pelo trailer já dá pra perceber que este é um filme daqueles que você precisa ficar atento para perceber que, nem tudo é o que parece, ou, que ele tem muito mais a dizer do que você imagina.
A trilha sonora é sensacional temperando bem o clima alucinado que o protagonista nos propõe, intensificando o drama e o humor exagerado totalmente dentro do contexto. Humor britânico, diga-se de passagem.
A atuação excepcional de James McAvoy vale cada minuto e já me ganhou nos primeiros minutos. O diretor faz um ótimo trabalho no desenvolvimento dos personagens, são ótimos atores e atuações realmente marcantes. O trabalho de câmera com ângulos que focam e desfocam dos atores e objetos de cena é também um acerto da direção para nos deixar ainda mais tontos com tanta informação... E pense rápido! O filme pode parecer confuso no início e vai ficando mais surreal a medida que acompanhamos a história, não pense que você vai querer parar de ver pois, quando as coisas começam a clarear, é que a moral da história cai sobre nós, pesada, sombria e ainda assim nos força a sorrir da desgraça alheia. Neste momento enxergamos o quanto é significativo e pessoal esta trama. Uma crítica direta à sociedade pela valorização da superficialidade, do prazer momentâneo e a solidão crescente e camuflada. É claro, um pouco mais exagerado do que na realidade, mas talvez seja para onde estamos caminhando.
Com muito humor negro, sexo, drogas e crueldade, ele vai te prender até o fim, te levando à gargalhadas (eu ri muito alto!) e também à reflexão. E as cabeças mais pensantes vão perceber o quanto podemos tirar de tudo isso, refletimos sobre nós mesmos quanto a este anti-herói, que no final ainda podemos entendê-lo ou ainda ter simpatia por ele, mesmo sentindo vergonha por isso.
Dirigido por: Jon S. Baird
Com: James McAvoy, Jamie Bell, Joanne Froggatt
Nacionalidade: Reino Unido
"Bruce Robertson (James McAvoy) é um homem viciado em cocaína, misantropo, bipolar e obcecado por sexo. Ah, ele também é um policial, responsável por investigar um assassinato brutal. Na verdade, Bruce deseja mais do que encontrar o culpado: ele pretende usar este caso para conseguir uma promoção e voltar para sua esposa e filha."
Veja o trailer:
Pelo trailer já dá pra perceber que este é um filme daqueles que você precisa ficar atento para perceber que, nem tudo é o que parece, ou, que ele tem muito mais a dizer do que você imagina.
A trilha sonora é sensacional temperando bem o clima alucinado que o protagonista nos propõe, intensificando o drama e o humor exagerado totalmente dentro do contexto. Humor britânico, diga-se de passagem.
A atuação excepcional de James McAvoy vale cada minuto e já me ganhou nos primeiros minutos. O diretor faz um ótimo trabalho no desenvolvimento dos personagens, são ótimos atores e atuações realmente marcantes. O trabalho de câmera com ângulos que focam e desfocam dos atores e objetos de cena é também um acerto da direção para nos deixar ainda mais tontos com tanta informação... E pense rápido! O filme pode parecer confuso no início e vai ficando mais surreal a medida que acompanhamos a história, não pense que você vai querer parar de ver pois, quando as coisas começam a clarear, é que a moral da história cai sobre nós, pesada, sombria e ainda assim nos força a sorrir da desgraça alheia. Neste momento enxergamos o quanto é significativo e pessoal esta trama. Uma crítica direta à sociedade pela valorização da superficialidade, do prazer momentâneo e a solidão crescente e camuflada. É claro, um pouco mais exagerado do que na realidade, mas talvez seja para onde estamos caminhando.
Com muito humor negro, sexo, drogas e crueldade, ele vai te prender até o fim, te levando à gargalhadas (eu ri muito alto!) e também à reflexão. E as cabeças mais pensantes vão perceber o quanto podemos tirar de tudo isso, refletimos sobre nós mesmos quanto a este anti-herói, que no final ainda podemos entendê-lo ou ainda ter simpatia por ele, mesmo sentindo vergonha por isso.
Dirigido por: Jon S. Baird
Com: James McAvoy, Jamie Bell, Joanne Froggatt
Nacionalidade: Reino Unido
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