Para um blockbuster, este longa impressiona pela singularidade como conta sua história, e entre outros clássicos da ficção científica, também ficará na memória, Denis Villeneuve entrega um filme visualmente bonito e tecnicamente bem feito.
Na sinopse, quando seres interplanetários deixam marcas na Terra, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma linguista especialista no assunto, é procurada por militares para traduzir os sinais e desvendar se os alienígenas representam uma ameaça ou não. No entanto, a resposta para todas as perguntas e mistérios pode ameaçar a vida de Louise e a existência de toda a humanidade. Deslumbre visual com enquadramentos de diferentes ângulos e uma história pessoal aparentemente em paralelo com a atual presença dos aliens na Terra. O roteiro é bem fechado apesar de duas narrativas que seguem em linhas "circulares" (entendedores, entenderão!), assim é este sci-fi complexo e marcante.
Amy Adams dá um show de interpretação, sua personagem sensível e triste trás toda melancolia que podemos sentir por aqui, a complexidade da personagem é algo que poucas atrizes conseguiriam passar, ela está excelente. A trilha sonora ajuda a compor um clima misterioso que ampara nossas emoções, mas não impressiona. Diferente de muitos filmes sobre aliens, este é um filme que quando termina a tristeza e a beleza ficam martelando na cabeça. Denis Villeneuve cumpre seu papel e entrega um filme belíssimo, que foge do óbvio com sua narrativa não linear. Apesar disso, clichês básicos para se construir este universo são necessários, afinal de contas é um filme com invasão alienígena, porém não é sobre isso, portanto, não esperem explosões, nem destruição à lá Godzilla, e é aí que a trama se torna peculiar, ela é muito mais sobre humanos do que sobre alienígenas.
Entender como funciona e fecha todas as pontas deste filme é algo ainda mais interessante que vamos descobrindo a cada momento junto com a trajetória de Louise. Em um determinado momento tudo passa a fazer sentido e o quebra-cabeça se completa com a última pergunta e você já sabe a resposta. Emocionante, Arrival (no original), sem dúvidas, deixou sua marca ao lado de Contato (Contact, 1997) e Contatos Imediatos de Terceiro Grau (Close Encounters of the Third Kind, 1977).
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