domingo, 27 de agosto de 2017

A Torre Negra (The Dark Tower, 2017).

Adaptação da série de livros de Stephen King, The Dark Tower, este longa tem apenas 1 hora e meia, e ao que tudo indica é adaptado a partir do primeiro livro "O Pistoleiro". Esta adaptação é uma das mais prometidas no cinema, e só agora ganhou sua primeira produção e quem assina é Ron Howard, a direção fica por conta de Nikolaj Arcel.

O filme se inicia bem e apresenta uma trama que aparentemente tem grande potencial, Idris Elba faz um pistoleiro com grandes habilidades e sua interpretação é bem convincente. Já Matthew McConauhey apresenta desde o início um vilão caricato que às vezes funciona, porém deixa muito a desejar, fragmentos do seu arco logo no início, prometem uma boa história, mas que também não chega a se desenvolver. A direção não se preocupa com o desenvolvimento dos personagens, o menino Tom Taylor até se esforça mas o roteiro é raso demais para que emoções nos envolva. 


Os efeitos visuais são razoáveis, nada que impressione, e a trilha sonora é esquecível, não acerta o tom para criar um clima tenso ou de horror. Figurino e maquiagem também não são de grande destaque, assim como a cinematografia que não diferencia a ambientação de mundos em que os personagens percorrem a partir do segundo ato. Aliás é a partir do segundo ato que toda a trama cai no sentimento de "já vimos algo parecido", e perde o foco deixando vim a lembrança de filmes que se saíram muito melhores. 


E é assim ao longo da trama, o diretor nos entrega uma fantasia/ficção científica com elementos interessantes que abrem um leque de perguntas, porém nós esperamos que algo se desenvolva, mas não temos nenhuma resposta, o longa não justifica a existência de um mundo paralelo e nem o desenvolve para que o público possa se envolver. 


Outra grande falha é a direção de montagem, os cortes de cena são como as dos filmes passando na tv aberta, recebem um corte antes que a cena acabe para a entrada dos comerciais, a diferença é que aqui não tem comerciais e a cena seguinte não tem harmonia com a cena anterior, mudando o tom da sequência abruptamente. Há também sequências que apresentam novidades dos mundos paralelos, criaturas, máquinas, portais, mas nada é introduzido satisfatoriamente, parece que na edição final foram retirando partes aleatórias do filme. 

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O que ainda consegue fazer o espectador se situar é o que é passado para o personagem de Jake, conforme ele vai aprendendo sobre como funciona, nós também ficamos a par de alguns acontecimentos. É como se o filme já tivesse seu universo estabelecido mas nós, espectadores, chegamos na metade.


No terceiro ato, assistimos à uma cena de ação que é bacana de ver, as habilidades do pistoleiro na interpretação de Idris Elba fica muito mais interessante, no entanto ao invés de se intensificar, o embate final fica clichê, de resolução preguiçosa e infantil. E por fim ficamos apenas com aquela sensação de que podia ter sido melhor.



Sinopse: Um pistoleiro chamado Roland Deschain (Idris Elba) percorre o mundo em busca da famosa Torre Negra, prédio mágico que está prestes a desaparecer. Essa busca envolve uma intensa perseguição ao poderoso Homem de Preto (Matthew McConaughey), passagens entre tempos diferentes, encontros intensos e confusões entre o real e o imaginário. 








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