Baseado no best-seller homônimo de Liz Jensen, este suspense conta uma história que inicialmente parece simples mas ao longo da trama vai se tornando um tanto peculiar. Eu recomendo saber menos possível sobre o enredo, assisti um único trailer e a experiência com o filme foi maravilhosa. Eu mesmo não dou muitas pistas neste comentário, fiquem tranquilos e sintam-se à vontade para continuar a leitura.
Entre delírios e realidade, ou sonhos e fantasias, o longa aborda assuntos muito mais interessantes e mais profundo do que se imagina. As atuações são convincentes nada que possa ser considerado uma revelação, no entanto o protagonista mirim (Aiden Longworth) tem seu mérito e nunca parece ser uma criança interpretando uma criança, ele é natural e nos cativa com seu tom de voz irreverente e muitas vezes sarcástico ao narrar a própria história.
O roteiro é um bela surpresa, você não imagina que uma história que nos parece tão simples pode tomar um rumo mais intenso. A narrativa vai se desenrolando conforme o pequeno Drax conta como foram suas 8 vidas anteriores, até que uma figura assustadora o acompanha e nós, como espectadores, somos levado para um outro rumo, de que o filme é uma fantasia, mas nada disso fica claro. E em paralelo temos a mãe, do menino que vem acompanhado cada estágio do menino, tentando achar o culpado pelo que aconteceu.
O diretor faz um trabalho muito bom, quando pensamos que o filme vai nos levar para algum lugar comum, temos algumas reviravoltas, percebemos que além de muito inteligente este menino é muito mais do que isso, sua condição é o que nos leva a crer que os assuntos abordados são muito mais complexos e reais conforme novas revelações.
A trilha sonora cria um clima perfeito e quase poético ao que se trata. O filme não tem muita movimentação, para os que gostam de filme agitados, passe longe. Este é um filme que constrói bem os seus personagens, tem um tempo certo para conhece-los e quando fazemos entendemos o quanto é necessário. A produção de arte é simples, o hospital, onde o garoto está não me passa confiabilidade, não consegui definir se isto era o propósito do diretor, mas eu realmente não sentir que estávamos em um hospital de verdade, a ideia de luzes para dar um ar mais fantasmagórico no menino no leito, parecia muito exagerado e artificial, que se contrastam com a beleza das cenas externas e cinematografia clara e limpa. Mas esse foi só um detalhe que realmente me incomodou, de resto o filme cumpre e entrega mais do que promete. Os últimos minutos deste longa foi realmente muito mais do que eu esperava (aliás eu não esperava nada!), foi difícil não se emocionar.
A trama gira em torno do jovem Louis Drax (Aiden Longworth), que sofre uma queda quase fatal no seu aniversário de nove anos. Na tentativa de desvendar as estranhas circunstâncias que cercam o acidente do garoto, o Dr. Allan Pascal (Jamie Dornan) mergulha no mistério e passa a testar os limites entre a fantasia e a realidade.
Veja o trailer:
O filme está disponível na Netflix.
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